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O dia em que perdi minha avó

Há 2 anos eu resolvi ir em busca de um sonho. E há 2 anos comecei a perder as pessoas que amo, e infelizmente só percebi isso hoje. Hoje eu percebi os sacrifícios de estar longe de casa em busca de seus sonhos, e que sim, nada é de graça. Há 2 anos tenho perdido meus avós, meus pais, minha garota. Se a vida é feita de momentos, eu não estou tendo momento algum ao lado de quem eu amo e assim vou perdendo a todos. Eu tive a felicidade de ter 3 meses de férias em casa, ao lado de todos eles. Dentro desses meses visitei a minha vó algumas vezes, não muitas já que ela mora em um cidade vizinha a que cresci. Mas de todas, a última visita é a que tem quebrado o meu coração. Nessa última visita eu fiquei sabendo de alguns problemas de saúde de minha vó, e em uma conversa descontraída eu disse que se ela não melhorasse alguns hábitos ela não me veria formado. Pedi que ela mudasse e vivesse por mais 4 anos pra poder ver o neto dela formado, ela riu e disse que sim, espero poder lembrar do seu riso. Que iria estar lá comigo, muito feliz. Fui embora e disse que voltava na semana seguinte para me despedir antes de viajar, e não voltei. Coloquei obstáculos em fazer a viagem. Mas pensei que no meio do ano voltaria a vê-la e poderia recompensar. Pois é, a vida não te permite cometer erros, não te permite fazer promessas e não cumpri-las, e esperar compensar depois. E quantas promessas eu tenho feito e quebrado. Não me despedi de minha vó, quebrei a última promessa que havia feito a ela, e sei que em breve irei perder minhas lembranças com ela, assim como tenho perdido as que tenho de meu avô. Porque essa é a memória que tenho, e as coisas são apagadas como a chama de uma vela jogada em um rio. Hoje eu perdi minha avó, que me mostrou como ser feliz em momentos tão adversos, e que me deu um dos maiores presentes que já recebi, sabendo perdoar os piores erros cometidos, e que ensinou a minha mãe essa atitude, e com quem aprendi esse gesto dos mais difíceis da vida. Hoje minha vó faleceu e eu estou a mais de 1500 km de casa, e não estou ao lado de minha mãe como estive ao lado de meu pai no dia que meu avô faleceu. E hoje me machuca não poder consolar minha mãe, e me machuca não ser consolado. Hoje não perdi apenas a minha vó, hoje perdi muito mais. É o único destino que nos une a tudo o que há no universo, porque ate as estrelas morrem.

Fim

Los ojos

Aqueles olhos
Que fossem negros
Que fossem cegos
Iam além do alcançável
Que fossem olhos
O alcançável
Era além da alma
Dois olhos fundos
Profundos
Sem mistérios
Eram apenas
Isso
E disso não passavam
Olhos
Sem mistério
E mesmo assim
com um segredo
Sagrados
Intocáveis
Sempre distantes
No horizonte
Na noite
Na mais densa noite
Eram mais que olhos
Não lembro de mais nada
Além deles

Mais um

Me ensina a não chorar mais
Já cansei disso
Eu estou feliz
Talvez seja esse o problema
Sabe?
Tanto sentimento
Implodindo dentro
Eu queria sentir frio
Mas me sinto tão bem
Apesar das lágrimas
Apesar das noites
Apesar de certas e outras coisas
Então me ensina como não chorar mais
Me ensina a ser assim
Mas é tanto sentimento dentro
Que acho que cada lágrima
Seja necessária
Deixar vazar um pouco
E não sofrer depois

Miedo

Tienen miedo del amor y no saber amar
Tienen miedo de la sombra y miedo de la luz
Tienen miedo de pedir y miedo de callar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tienen miedo de subir y miedo de bajar
Tienen miedo de la noche y miedo del azul
Tienen miedo de escupir y miedo de aguantar
Miedo que da miedo del miedo que da

El miedo es una sombra que el temor no esquiva
El miedo es una trampa que atrapó al amor
El miedo es la palanca que apagó la vida
El miedo es una grieta que agrandó el dolor

Tenho medo de gente e de solidão
Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá

Tenho medo de acender e medo de apagar
Tenho medo de esperar e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma linha que separa o mundo
O medo é uma casa aonde ninguém vai
O medo é como um laço que se aperta em nós
O medo é uma força que não me deixa andar

Tienen miedo de reir y miedo de llorar
Tienen miedo de encontrarse y miedo de no ser
Tienen miedo de decir y miedo de escuchar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tenho medo de parar e medo de avançar
Tenho medo de amarrar e medo de quebrar
Tenho medo de exigir e medo de deixar
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma sombra que o temor não desvia
O medo é uma armadilha que pegou o amor
O medo é uma chave, que apagou a vida
O medo é uma brecha que fez crescer a dor

El miedo es una raya que separa el mundo
El miedo es una casa donde nadie va
El miedo es como un lazo que se apierta en nudo
El miedo es una fuerza que me impide andar

Medo de olhar no fundo
Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha
Medo de se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo

Medo estampado na cara ou escondido no porão
O medo circulando nas veias
Ou em rota de colisão
O medo é do Deus ou do demo
É ordem ou é confusão
O medo é medonho, o medo domina
O medo é a medida da indecisão

Medo de fechar a cara
Medo de encarar
Medo de calar a boca
Medo de escutar
Medo de passar a perna
Medo de cair
Medo de fazer de conta
Medo de dormir
Medo de se arrepender
Medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez

Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo… que dá medo do medo que dá
Medo… que dá medo do medo que dá

Composição: Pedro Guerra/Lenine/Robney Assis

Miedo

Nunca mais joguei nenhuma música por aqui. A lista anda parada. Eu estou meio parado com a música, estou parado com os livros, estou parado com muitas coisas. Mas estou bem com as mais importantes, estou muito bem. Pra tentar voltar com o som por aqui, minha musa novamente [Julieta Venegas], cantando ao lado de nosso grande Lenine.

Felicidade

Pedaço de chocolate
Abraço de vó
Amor de mãe
Carinho de pai
Sabiá cantando
Bem-te-vi acompanhando
A maré agitando
A onda quebrando
Iemanjá no mar
O riacho descendo
Iara chamando
Um arco-íris no céu
Chuva no teto
Batendo na janela
O último pedaço do bolo
aquele de brigadeiro
Uma vida que começa
e outra que renasce
Um sorriso de criança
Ter você perto
perto de mim
Absoluta
Felicidade

Sabe, é assim

Quando eu passo o dia inteiro
E todo dia pensando nela
Quando cada rosto
Conhecido
Desconhecido
No meio da rua
Me lembra o rosto dela
Sempre que me deito
E sinto saudade
Sempre que acordo
E sinto sua falta
Sempre que penso
E no meu pensamento
Vive o rosto dela
Sempre que estou triste
Mas sempre feliz por ela
Sempre que duvido
Desacredito
Mas sei que estou errado
E tenho fé nela
Sempre que caio
E levanto
Para poder vê-la
Novamente
Sempre que estou feliz
Não sei bem
Mas acho que isso é amor

Uma última carta

Meu pequeno anjo,

Estou trise, sabe? Talvez até chorando enquanto escrevo. Você deve estar se perguntando porque eu estou escrevendo, afinal você está tão perto. Você voltou. Eu ainda guardo as cartas que você me escreveu, e quando leio a primeira delas, e vejo você dizendo que está  com saudades e me ama muito, eu choro mais ainda. E que bobo sou eu, escrevendo uma carta sendo que posso apenas falar com você, mas você apenas não me escuta mais, não me olha nos olhos, você entende?
Eu estou te escrevendo pois descobri que você só me ama por cartas, então, aqui está mais uma, a última. Em todas as suas cartas, quando você estava longe, você sempre dizia que me amava e me fez acreditar nesse amor. Mas entenda bem, eu não te amo. Sério, o que sinto não é amor, eu amo meus pais, meus irmãos, amigos, mas não você, e sei que você jamais entenderia, afinal o que sinto é maior que isso, bem maior que amor. Um sentimento que não tem começo e nem fim, não tem explicação, é puro, apenas existe. E sei também que você não sente o mesmo, não chega nem perto, nem sei se o que você sente por mim é amor. Desde que você chegou nunca me disse “eu te amo”, quando me viu depois de tantos meses longe, não ficou alegre, não esboçou felicidade, apenas apareceu normal, como se nunca tivesse ido embora, como  se eu nunca tivesse derramado uma única lágrima de saudade. Me machuca até hoje, e acho que vai machucar sempre.
Eu estou realmente triste, essa é minha última carta por um bom motivo, depois que descobri que você só é capaz de me amar pela distância resolvi viajar, fazer uma viagem longa, o mais distante que um homem pode ir, é certo que eu não volte. Eu espero que quando te entregar a carta pessoalmente, ao menos dessa vez você me olhe nos olhos, eu ainda quero acreditar que você me ama, eu quero.
Adeus. Só posso dizer que te amo, afinal não criaram verbo ou qualquer palavra para o que sinto.

Night and Day

– Eu poderia ficar aqui para sempre.
– Aqui? Onde?
– Aqui abraçado com você. Não consigo ser tão feliz em nenhum outro lugar.
– Você iria cansar logo.
– Jamais.
– Sério que você me ama tanto assim?
– Você dúvida? Se você dúvida, é porque não estou te amando o suficiente.
– Não! Eu não duvido, mas é díficil. Isso é demais para mim. Eu apenas tenho medo.
– Medo de mim? Ou medo de quê?
– Medo de você… me abandonar. Tenho muito medo.
– Eu deveria rir agora. Eu nunca vou te deixar. Estarei sempre aqui, do seu lado. Não se preocupe com isso, eu te amo demais, eu não consegueria te deixar, nunca.
– Promete?
– Não preciso.
– Então promete.
– Prometo. Estarei sempre aqui. Para amar e honrar, defender e proteger, desde o sol até a lua, de amanhã até amanhã.
– Não sãos suas palavras.
– Claro que são.
– Mentiroso, são do filme.
– Fiz delas minhas. Ei, acho que estou cansando.
– De mim?
– Não. De ficar aqui em pé. Vamos nos deitar um pouco.
– Te amo de agora até sempre.
– Eu sei. Nunca duvidei.
– Nem eu

I say,

Já não consigo escrever
Tudo que faço
Parece tão falso
Por não alcançar,
o que sinto
Desse amor puro
Incompreensível
Mesmo que duvide
Eu te amo
E se meu silêncio te incomoda
Que não se irrite
Já não consigo criar palavras
Se te encaro por horas
Eu te amo
E não me canso,
de cada traço, linha
Ou sorriso, de nada
Minha ilusão
Me deixa ir longe
Mais que meus sonhos
E sei que um dia
Vou cair
Então segure minha mão
Me abrace forte
Me olhe de volta
Me faça rir
Por um minuto
E em todos os outros
Me deixe te amar
De hoje até o sempre
Acredite no que digo
Meu pequeno anjo

Back to rock

Eu só quero meu Rock de volta
Sabe
Já cansei de chorar
E de sentir saudades
Eu te vi ontem
Mas você sabe
Eu te amo
Eu não queria
Não assim
Veja meu céu
Hoje ele estava azul
Mas eu estou com saudades
E vejo nuvens no horizonte
Meu copo de Jhonnie
Já meio vazio
Minha máquina de escrever
Sem pensamentos
Sem tinta
Minhas mãos cansadas
E tudo
Porque eu amo você
E você sabe
E eu
Só quero minha música
E,
não queria dizer
Mas quero você

Ser especial

Tento ser diferente
Ser especial,
Alguém com quem
você se importe
Tanto quanto me importo
com você
Até menos
Mas me note
Se importe
Quero ser alguém
Que você ame
Como te amo desse
jeito
Incondicional
Talvez nem tanto
Mas apenas ame
Penso em ser um pouco mais
pra você
Penso ser isso
Desse jeito
Nem tento tão perfeito
Nem quero
Mas quero ser diferente

Especial

Eu, hoje

Queria quebrar a Primavera
Só para tirar um pedaço
E te dar
Só flores, são só flores
Em um céu cinza
No entardecer
Queria o vermelho do sol
E te dar um copo de alegria
Ser mais eu
Eu e você
Queria roubar aquela cor
Do arco-íris
Sua cor favorita
Queria ter você agora
Ou quem sabe um dia
Queria fazer um poema assim
Mas não posso
Meu mundo não é azul
Meu copo é de cólera
Meu entardecer é nublado
Mas eu queria

Lucy In The Sky With Diamonds

Imagine-se consigo mesmo em um barco em um rio
com árvores de tangerina e céus de marmelada
Alguém te chama, você responde muito lentamente
Uma garota com olhos de caleidoscópio
Flores de celofane amarelas e verdes
Elevadas sobre a sua cabeça
Procure pela garota com o sol em seus olhos
E ela se foi
Lucy no céu com diamantes
Lucy no céu com diamantes
Lucy no céu com diamantes
Siga-a abaixo em uma ponte através de uma fonte
Onde pessoas de balanço de cavalinho comem tortas de marshmallow
Todos sorriem enquanto você é levado através das flores
Que crescem tão inacreditavelmente alto
Táxis de jornal aparecem à margem do rio
Esperando pra te levar
Suba na traseira com sua cabeça nas nuvens
E você se foi
Lucy no céu com diamantes
Lucy no céu com diamantes
Lucy no céu com diamantes
Imagine você mesmo em um trem numa estação
Com porteiros de massa-de-modelar com gravatas de espelho
De repente alguém está lá na catraca
A garota com olhos de caleidoscópio
Lucy no céu com diamantes
Lucy no céu com diamantes
Lucy no céu com diamantes

Ser infeliz

Tento não ser tão estúpido
Tento não pensar tanto
Tento sofrer um pouco
Tento chorar,
ver-me em pranto
Tento ser infeliz
Mas só consigo a pateticidade
Sendo tão patético
Sorrindo
Tento te acalmar
Te fazer feliz
E só consigo isso
Ser estúpido
Sabe que não acredito no amor
Sabe que não quero
o felizes para sempre
E só me maltrato
Farrapos
Sem alma sã
Confuso
Perdido
Sabe?
Só queria um pouco
Mas nem sei de quê
Só tento chorar
Tento ser infeliz
Mas não consigo
E nem ser feliz posso
Se existe um muro
Cá estou nele
Sem saber
O que sentir
Como de hábito
Confuso

Silent

Quando estamos quietos, nos damos conta de que alguém (ou alguma coisa) está procurando nos ensinar. Sempre que conseguimos parar nosso diálogo interior, algo de extraordinário termina acontecendo em nossas vidas. Descobrimos coisas que jamais pensamos conscientemente, mas que estão ali, prontas para nos ajudar. Entretanto, o difícil mesmo é conseguir atingir este silêncio – nossa cabeça vive ocupada com músicas, listas, coisas para fazer, preocupações, notícias de jornais, cálculos matemáticos sobre nossas possibilidades financeiras. Se conseguirmos deter este fluxo inútil de reflexões que não nos conduzem a lugar nenhum, tudo passa a ser possível.

Li no blog do Paulo Coelho. Estou com a cabeça cheia dessas inutilidades, por isso sumi um pouco.

Viva

Sabe? Viva
Só não espere a vida passar
Só não assista
Hoje meu pranto é esse
E duas décadas
Um quinto de século
Um milésimo do tempo
Uma vida inteira
Observe
Que sempre observei
Levante
Atitude
Faça
Não assista
Não desista
Se desiluda

Quebre
Quebre a cara
Erre
Esqueça essa vida
Pois ela não é novela
Viva
Vida
Como um carrossel
Sempre nos repetimos
Passamos pelo mesmo ponto
Faz dela dura
Mas bela
Carismática
Faz bem os que vão
Melhor ainda
Aqueles que ficam
Vivem
O carrossel
O ciclo
O fim

Sou a-

Atemporal
Eu sou
Anacrônico
Na vida
Sem perceber
A vida passa
Sem suspiro, inspiro
Atônito
E não vivo
Sem viver
Afônico
Assim fico
Sem saber
Anormal
Sei quem sou
Sem afeto
A foice
Que me transpassa
É remédio, cura
Sou um deus
Sou um homem
Apotéotico
Sou insano
Na insensatez, há diversão
E nesse parque da vida
Brinco sem pagar
Afinal, seria sem fim
Mas não é
Alucinado
Esse eu
E quem quer
Quero o que ser
Seria quem sou
Queria eu o que quero
Ser quem não sou
A-
Acho que sei quem sou

Hoje

Nem sei o que quero pra hoje
Nem sei o que quero escrever pra hoje
Sabe, nem sei
Eu queria
Eu até queria
Mas nem sei se quero mais
Hoje eu acordei estranho
Queria não ter acordado
Talvez até queria ter acordado
Não queria ter ido trabalhar
Isso é certo
Disso eu sei
Mas do resto
Sabe
Nem sei
Hoje
Até parece um dia normal
Mas acho que não
Tem algo estranho
Nem deve ser nada
Ou vai ver é
Deve ser
Pode ser ruim
Bem
Meu bem
Mal nenhum me fez
Bem também não
Bom que ainda to aqui
Ruim seria não estar
Ou estar também já pode ser
Hoje eu estou assim
Nem sei
Só sei que

“Não bastava criar o mundo; o deus aborígine Beeral também queria que ele fosse belo. Mandou então dois espíritos mensageiros de sua confiança, Yindingie e sua ajudante K’gari, transformarem a matéria-prima da criação em um paraíso. Fizeram um trabalho tão esplêndido que, ao terminar, K’gari desejou permanecer naquele lugar maravilhoso. Ela deitou-se nas águas cálidas de uma linda baía e adormeceu.
Enquanto ela dormia, Yindingie transformou o corpo dela numa longa e esguia ilha de areia cristalina, a maior ilha de areia do mundo. Vestiu-a com a mais luxuriante floresta pluvial, pintou sua pele macia e areada com um arco-íris e moldou uma cadeia de lagos, verdadeiras joias, para ser seus olhos a contemplar o céu. Encheu os ares de aves de cores vivas e, para que ela jamais se sentisse só, pôs na ilha uma tribo de aborígines: o povo Butchulla, que transmitiu aos descendentes a história da criação e em cuja língua K’gari passou a significar “paraíso”.”

Tanto essa introdução quanto as fotos a seguir foram retiradas do site da National Geographic Brasil. Foi uma matéria da edição 126, setembro de 2010. E fotos de Peter Essick. A ilha Fraser foi e ainda é inspiração para diversos artistas, entre pintores e escritores,  motivo de encantos por suas belas paisagens e também de uma das primeiras grandes campanhas ambientalistas na década de setenta do povo australiano para por fim ao desmatamento e a exploração que a ilha sofria. O mais incrível na ilha, é que ela é uma ilha de areia, mais nada, e tudo cresce por lá sobre essa areia, que foi retida ao longo de anos (pensem em milhares e não em décadas). Uma ilha de areia com mais de 120 quilômetros de comprimento, 25 quilômetros de largura e dunas que sobem a 240 metros:

Mais fotos da ilha e matéria da NGBrasil podem ser conferidas aqui.

Mãe Terra, você é o meu sistema
de suporte de vida…
Como um soldado devo beber
sua água azul,
viver em seu ecossistema
e comer a sua pele verde.
Ajude-me a encontrar meu equilíbrio…
como você equilibra a
Terra, o mar e o ambiente.
Ajude-me a abrir meu coração…
sabendo que o universo o
alimentará.
Rezo para que minhas botas
sempre beijem o seu rosto…
e que meus passos unam-se a
seus batimentos cardíacos.
Cure meu corpo através
do tempo e do espaço.
Você é a minha conexão com
o universo e tudo o que vem após,
e eu sou seu e você é minha.
Eu saúdo você.

Ser feliz

Nem preciso de muito
Muito pouco pra mim
Acho suficiente
Preciso de você
Mais perto, aqui
Preciso sonhar mais
Pra ser feliz
Nem preciso tanto
Um pouco de pranto
Um tanto pronto
Não é difícil
Quero ser feliz
Mesmo sozinho
Ou junto pode ser
Com ninguém, tanto faz
Ser feliz é fácil
Preciso só
Preciso mais
Não quero ser o melhor
Só quero ser melhor
E quero você
Mais perto
Sentir saudade
Não me faz feliz
Preciso também
De uma barra de chocolate
Um pedaço do arco-íris
Um beijo de boa noite
Toda noite
Uma história de dormir
Todo dia
Um abraço
Mas no fim
Pra eu ser feliz
Preciso te am….

Calvin and Hobbes

Eu tenho um amor imenso por esse personagem, um sim, não podemos separar Calvin e Haroldo, é impossível. O meu personagem favorito, e sua complexidade vai além da velha frase “um garoto hiperativo e seu tigre”. E esqueçam também o “tigre de pelúcia que ganha vida na mente do menino”. É muito maior que isso. Eu não trataria o tigre que só o menino vê, mas sim o tigre que os outros não conseguem ver. Eu sou ruim com as palavras, e tentar explicar Calvin e Haroldo, me parece tarefa árdua e impossível, separei alguns quadrinhos, não pensem que separei pelos melhores ou pelos que eu mais gosto, não consigo gostar mais de um ou de outro. Abaixo terão tiras avulsas que tentam representar bem os dois, coloridas maiores e sequenciais que formam pequenas histórias. Bon Appétit [pra quem resolver ver muito mais o Depósito do Calvin é o melhor e mais dedicado blog do Brasil, uma pena estar um pouco parado, mas o arquivo é muito valioso]:

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Essas próximas são maiores ou então são as sequenciais que arrumei tudo em uma imagem só, ficaram maiores do que o espaço aqui então é só clicar em cada uma pra ver inteira e ampliar com a lupa. Vale muito a pena.

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Vou finalizar com essa incrível e emocionante história, se não clicaram nas anteriores, ao menos essa aqui é obrigação.

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Pequenos comentários

Ontem fui ao teatro, e assisti a uma apresentação de um colégio aqui da cidade [que início ruim, mas nunca sei começar essas críticas] . Antes de mais nada, retirem qualquer forma de preconceito da cabeça de vocês, “colégio é?” “amadores?”, sim senhores amadores, mas não significa que fizeram um trabalho ruim, e até pelo contrário, fizeram um trabalho fascinante. Todos sabem como funcionam apresentações de colégio, além de muito barulho, cada turma faz sua parte no palco. O tema “Sete Pecados”, muito bem escolhido, com prazerosas e inúmeras possibilidades de trabalho. Nesse momento tento me lembrar da ordem exata, e peço desculpas caso infortunamente eu me perca. O primeiro pecado apresentado foi a Gula, com duas coreografias. A primeira parte, acabou sendo fraca, mas não por culpa das crianças, e sim por culpa do[a] coreógrafo[a] responsável por eles, trabalhar com crianças é fácil, eu trabalhei diversas vezes, mas ontem a noite vi crianças perdidas e colocadas no palco de tal modo que as que estavam atrás, por pouco não saiam de cena. Na segunda parte, com uma música hardcore do “The Flanders” banda que muito me agrada, tiveram uma apresentação muito boa, se eu desse estrelas por aqui esses meninos receberiam três estrelas. Já estou percebendo que esse post será longo. Paciência. Na sequência [na minha cabeça] apresentaram o Orgulho, e devo dizer que fiquei fascinado com a ilucidez em certos momentos, souberam aproveitar duas bailarinas da turma e com alguns passos básicos deixaram a apresentação muito bonita, teriam recebido cinco estrelas minhas caso tivessem parado antes de gritarem “olé”, desse momento em diante caíram de produção, então quatro estrelas, fiquei admirado com o momento em que fizeram o público participar. A terceira apresentação [ou foi segunda ou quarta, memória muito ruim mesmo] foi a Preguiça, o pessoal trabalhou bem o tema, nem tenho muito o que dizer, fizeram o feijão com arroz, exageraram um pouco no final, quando saíram do tema Preguiça para o tema Sonhos, ficam com três estrelas também [falei pouco, mas tenho que economizar palavras, está ficando muito grande mesmo]. E chegando a apresentação do pessoal do Ensino Médio, aqui sempre a parte mais esperada, são mais maduros [e nesse momento, podemos chamar essa turma de ensino médio]. E a primeira coreografia desse momento, nos diz o contrário, foram regulares, não souberam explorar bem os itens da Avareza, foram simples do jeito que não se deve ser, no final ao citar Collor e a poupança do povo, eles riram de um personagem em cena, a meu ver, riram do povo, a Wall Street seria uma citação melhor. Na terça, comentei com minha amiga [a que me convidou para ir] que alguns erros são aceitáveis, afinal são crianças, outros erros não são, e essa turma não foi bem, foram muito basicões , então duas estrelas e beijo. Logo em seguida foram os verdinhos, com a Inveja, usaram muito bem os símbolos, tanto a cor quanto o banho de folhas para afastar o mau-olhado. Eu realmente gostei desse pessoal, mas pecaram em alguns pontos, como a exaustiva repetição de muitos itens, sinto se dou três estrelas, mas pensem bem, crítico não para que fiquem tristes e pensem que nunca mais farão isso novamente, crítico para que leiam, façam um meio-riso na boca e pensem “na próxima serei melhor”. A penúltima apresentação, e minha favorita da noite, foi a Ira, exploraram muito bem o pecado, colocaram objetos em cena, como a rosa, de maneira inteligente, usaram bem as cores, e mostraram muito bem o lado fera que a ira nos transforma, o único cinco estrelas da noite. A noite é finalizada com a turma do último ano, experientes, maduros, prontos para a vida acadêmica, o momento mais esperado, e… e nada espetacular. Foram muito bem, sério muito bem mesmo, só que, como eu disse, último ano, eu esperava sair com os olhos mareados, por um perfeita obra. Mas pecaram com a Luxúria, imaginaram que cuecas e lingeries com a cor da pele dançando seria suficiente se acompanhados com vestidos curtos. Pessoal uma freira, com uma bata da sola do pé ao céu da cabeça pode ser sensual e remeter a luxúria. Vocês poderiam ter ido muito mais além, poderiam ter sido [poderiam ter sido, me parece tão errado, mas fica assim mesmo], poderiam ter sido mais ousados. A luxúria, o melhor dos pecados, não pode ser representada apenas por tentativas frustradas de danças sensuais, vai mais além, na atitude. Não se aborreçam com meus comentários, pois ainda acho que foram bem, verdade que se tivessem usado melhor a figura do Diabo, teriam sido melhores, e ficam com quatro estrelas minhas. Eu ia entrar em mais detalhes sobre a falta de educação das pessoas, que insistiam em me incomodar a todo momento levantando e andando de um lado para o outro, e sobre não ter gostado dos dois apresentadores, nenhum pouco carismáticos, deslocados da situação, ou falar que o som estava desnecessariamente altíssimo, sabendo que o teatro é um local fechado e com uma boa acústica. Os alunos foram fantásticos, a coordenação e os professores, podem e precisam melhorar nesses eventos. No final, eu amei tudo, foi fantástico, parabéns a todos.

Calvin e Haroldo

A tirinha do último diálogo. Estou preparando algo maior, hoje a noite eu postarei.

Diálogos

Calvin: “Haroldo, o que você acha que acontece quando a gente morre?”
Haroldo: “Eu acho que a gente fica tocando saxofone num cabaré só pra mulheres em New Orleans.”
Calvin: “Então você acredita em paraíso?”
Haroldo: “Chame do que você quiser.”

#3

E na nossa terceira posição, Carinhoso. Essa, creio eu, será nossa unica música não apresentada pelo compositor. Por um motivo bem simples, essa música juntamente com a voz que vocês irão ouvir são um complemento do outro. Não existe dúvida sobre isso. Pixiguinha é um mago da música, e Carinhoso é de uma melodia fantástica. Então… o “Cantor das Multidões”:

Tomates verdes fritos

“Era uma vez…havia um lago.
Ele ficava nesta cidade.
Nós costumávamos pescar, nadar
e navegar nele.
E…em um novembro,
um grande bando de patos…
veio e pousou nesse lago, e…
e então a temperatura caiu tão
depressa que o lago…congelou de imediato…e…
os patos, eles…
voaram e levantaram o lago com eles.
E agora…dizem que esse lago está em
algum lugar da Geórgia.
Imagine só.”

Um curta genial

Animação muito legal, super bem feita. A página da galera que fez: no Vimeo. E o blog: no Blogspot. Não vou entrar em mais detalhes sobre o enredo ou os personagens apenas apreciem [de preferência em tela cheia e HD].

Notas do morto

Não que me importe com nada
Afinal
Nada mais me importa
Estar morto
É estar feliz, e há quem duvide
Mas é bom assim viver
Sim viver
Posso até ser morto
Mas me sinto muito vivo
A diferença?
Nem preocupações tenho mais
Os vivos de verdade que por mim chorem
Pois o que faço agora é só rir
E há também quem duvide
Que mortos sorriem
Basta encarar a cara de paspalho desde defunto
O mesmo que vos fala,
e por nisso falar, nem preciso me incomodar
Com o Português
Com as contas
Aquele freguês
Ou aquele que me cobra
Mas nem tudo são flores no caixão
E nem trocadilhos infames
O chato é o membro fálico ou pau
Que por cá está flácido
E não faz questão de levantar
Mas sabe de uma? Nem eu faço
Fez o que podia vivo
Então até ele merece descanso
Mas ironias não faltam
Pois enquanto o falo mole, o corpo duro
Êita!
Que também tem essa coceira
Danou de coçar atrás da orelha
E lá não alcanço
Em verdade não alcanço mais nada
Sabe que nem bem comecei
Mas já estou me cansando dessa vida
Essa vida de morto

Maximus e minimus

Faltei por aqui esse fim de semana, mas por um motivo, uma viagem até Salvador. A viagem por um motivo melhor ainda. O ponto alto da minha semana, maximus. “O Barbeiro de Sevilha”, primeira ópera da Cia. Brasileira de Ópera. Foi fantástica, desde a interação dos atores com a animação que rodava no telão ao fundo [que eu já esperava], foi cômico ver personagens tão caricaturados, eu não imaginava que uma atriz pudesse andar mexendo os quadris como se fosse um desenho animado. Ou ver os atores fazendo exatamente gestos que só vemos em desenhos. E por falar nos atores todos fantásticos. O melhor espetáculo que já vi. Então palmas e diversos bravos para o maestro John Neschling, maior responsável por tudo. Eu assisti a apresentação do sábado no Teatro Castro Alves, e cheguei um minuto atrasado [resultado de uma viagem cansativa] e já havia começado, fiquei extasiado com a pontualidade, algo que não tenho visto em minha terra natal.
Mudando de parágrafo [coisa que não tenho o costume de fazer aqui], o meu minimus da semana aconteceu um dia antes, quando fui assistir ao show de Lane Quinto. E com minha maior sinceridade, não sei quem a senhorita Quinto pensa que é para tratar o público com o imenso desrespeito e nos fazer esperar por mais de setenta minutos, para uma apresentação apenas razoável. Pois em nenhum momento presenciei nada foram do simples comum, uma cantora com a mesmice de outras milhões que vivem no anonimato [cantoras de chuveiro]. E gostaria de dizer também que o samba, cara senhorita Lane, é muito maior que dois passos e um pulinho para frente. É necessário galgar mais alguns degraus para poder cantar Cartola ou Noel. O voluptuoso decote de sua back vocal chamou mais minha atenção que a voz da protagonista. A banda estava boa apesar de alguns momentos desarmônicos. Saí inclusive antes do fim, pois já havia perdido minha paciência em esperar por mais de uma hora o inicio do show.

Quarteto de Brasília

Ontem eu assisti ao concerto do Quarteto de Brasília, com composições de Guerra-Peixe e Claudio Santoro [Música Brasileira do século XX]. Eu amei o Guerra-Peixe, a história dele com a música popular brasileira e o folclore nacional resultou em belíssimas obras, como o Canto de Iemanjá [se não me falha a memória o nome é esse e tenho procurado exaustivamente na internet e não tenho encontrado] ou composições não tão nacionalistas, mas fantásticas como o Allegretto com moto [Quarteto nº 2]. O Santoro também é magnífico, só vou dizer uma coisa, foi regente dessa galera: Filarmônica de Leningrado, Estatal de Moscou, RIAS (Berlim), ORTF (Paris), Ossodre (Montevidéu), Beethovenhalle Bonn, Sinfônica da Rádio de Praga, Filarmônica de Bucareste, Pro Art (Londres), Île de France (Paris), Sinfônica da Rádio de Leipzig, Sinfônica de Magdeburg, Filarmônica de Varsóvia. Sobre o grupo Quarteto de Brasília, chegaram até a cidade através do projeto Sonora Brasil, do Sesc, e após as apresentações os grupos participam de um bate-papo com o público, e o grupo foi extremamente atencioso conosco, são artistas de uma qualidade única. Vou deixar vocês ao som do Allegretto com moto já citado, música que me levou a adquirir dois cd’s do quarteto.

Republicação

Entendam bem, não é falta de criatividade e nem preguiça. Mas é que, eu gosto de pegar esses textos mais antigos e repostar. Mas apenas os que eu gosto, esse mesmo foi o primeiro poema que lancei direto no blog, e até hoje é o poema que mais gosto. Depois que trouxe do outro blog para cá o conto de vampiro, resolvi trazer do passado esse poema. Engraçado que logo eu, que digo sempre que o lugar do passado é lá atrás, e devemos viver apenas o agora, trazer esse enterrado para cá, felizmente tenho uma boa desculpa, as palavras são eternas [super clichê agora]. Versos mudos:

E tiro da solidão alguns poucos versos
Talvez versos tristes
Talvez apenas sozinhos
Ás vezes nem versos são
Ás vezes também nem rima tem
E as rimas choram
E por dentro o coração sente
E por fora os olhos mostram
E tudo é tão estranho
Tão diferente
Tudo muda
Então mudo eu
Mudo fico
E a solidão que anestesia
Faz doer
Faz chorar
E então me acostumo
Não se caem lágrimas
Não se abrem lábios
Não se mostram risos
E fico mudo de novo
Não falo
Escrevo
Com sentimento
Sem sentimento
Consetimento para escrever
Para me mostrar em versos
Eu versus eu
E então não escrevo mais nada

Hanna-Barbera

Esse foi o post mais trabalhoso que já fiz. Realmente suei a camisa. Há duas semanas eu vi no Sedentário uma timeline incrível com 600 personagens da Hanna-Barbera que, nessa humilde opinião, produziram os melhores desenhos de todos os tempos, e como não foram os criadores, conseguiram licença para o melhor desenho de todos os tempos [a minha querida Pantera Cor-de-Rosa]. Desenhos como Zé Buscapé e Zé Colméia, Bibo Pai e Bob Filho, As Meninas Superpoderosas, entre tantos outros. A nostalgia me dominou no período em que estava traduzindo essa timeline [aliás, esse foi o trabalho que tive]. No final valeu o esforço. A criação é do Juan Pablo Bravo. É só clicar na imagem abaixo que serão redirecionados para a imagem em tamanho imenso.

Update: Pessoal peço algumas desculpas, terminei esse post às 3 da madruga, e só agora de manhã [já no trabalho] percebi dois erros na tradução, mas a tarde eu resolverei o problema.
Update2: Problemas resolvidos, e minha placa de vídeo para o espaço, usando resolução de 640×480 [logo resolvo isso também]. Pelo menos não está mais em 4bits a tela, eu não achei que isso fosse possível.

Layla

A melhor parte de ir exibindo música por música dessa lista, é que eu vou descobrindo bandas excelentes e que como de outras vezes me martirizo por nunca ter ouvido nenhuma música delas. Afinal como posso amar Blues, e o Clapton e nunca ter escutado nada da banda Derek and the Dominos? Motivo suficiente para eu levar mil chibatadas e um banho do etílico e sal grosso depois. A música presente na posição 27, Layla é definida por um simples adjetivo: perfeita. É sério, o Eric, todos sabemos, é um dos melhores guitarristas que já pisaram neste mundo de tantos mortais. E não “desmerecendo” os outros integrantes, afinal são todos fantásticos, mas vocês já sabem que minha maior paixão é pela guitarra. Vamos com a música e chega de lero-lero. Com vocês, Layla:

É pau, é pedra

Amo muito essa música, presente na segunda posição das 100 melhores músicas brasileiras. Mas acho que não deveria estar aqui, eu colocaria ela duas posições abaixo ainda, tenho outras duas música que ocupariam o segundo e terceiro lugar. Não que essa não mereça essa posição, merece sim, mas outras merecem um pouco mais. Não vou perder mais tempo. Com vocês Águas de Março, com Elis e Tom:

Poema Vazio

Como naquelas horas
Quando as horas não passam
Amores vãos vão
Ficam os estilhaços
O sangue derramado
A ilusão aprendida
Se é que se podem aprender as ilusões
Ao menos dos erros tenho lição
Nunca mais abrir-me
E permanecer calado
Se falo demais
Sinto
Sempre fui quieto
E prefiro assim
Sem palavras na boca
Sem erros
Sozinho

“O céu deve ser chato pra cacete. E o inferno, se tivesse mulher e birita não tinha a fama que tem.”

A Day In The Life

Paul, John, George e Ringo:

Comunique-se

Use a internet, crie um blog, escreva. Informe e informe-se. Envie carta, escreva. Fale, grite. Atue, minta ou diga a verdade, crie. Expresse-se. Não importa, mas comunique-se. Vivemos num momento unico para a comunicaçao, vivemos em um mundo onde tudo e todos estao conectados. Nunca foi tao facil noticiar ou ser noticiado. Vivemos a chamada “Era da Informaçao”. Verbalize, substantive, adjetive. Use e abuse de pronomes, proverbios e adverbios. Seja incoerente e incoeso. Invente palavra, seja neologista. Seja blogueiro, escritor, jornalista, ator ou outra pessoa qualquer. Nao importa sua idade, formacao educacional, seja idoso e so comecou a aprender a ler ontem, nada importa, apenas comunique-se. Aprenda, junte palavras e expresse pensamentos, ideias e ideais. Leia. A maior utilidade do idioma, seja escrito ou falado, foi e sempre sera uma: comunicar. Nao pense que esta escrevendo ou falando errado, nao se preocupe se escreve apenas em internetes, baianes ou gauches, a regionalizaçao faz parte da cultura. Problemas e pobremas nao sao diferentes. O entendimento que existe na comunicacao importa, veja esse texto que mesmo nao tendo acentuado nenhuma palavra, ele esta compreensivel e apesar de eu ter criado outras, continua entendivel. Entao comunique-se, o importante é [primeiro acento] entender, sem complicar.

E avançando com os Beach Boys

Não apenas de Beatles vivia o mundo de 50 anos atrás. Talvez não tendo o mesmo sucesso dos “garotos de Liverpool”, os Beach Boys chegavam perto.  Com o lançamento do álbum Pet Sounds abriram as portas para o Rock Psicodélico, aliás muitos mais que isso, criaram um marco no cenário musical, influenciando o mundo do Rock inclusive os Beatles, estes que criaram depois Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band. Um música em especial no álbum Pet Sounds nos leva, ou traz, a esse post, ela figura na posição 25 dessa “nossa” lista. God Only Knows:

Dança Butoh

Semana passada eu assisti ao filme “Cerejeiras em Flor”, um filme sensível, com duas ou três excelentes cenas, mas no geral apenas razoável. Mas o ponto principal não é o filme, mas um dos temas presentes no argumento, a dança butô. Unindo a arte dramática à dança, nos propicia um espetáculo maravilhoso. Com a alcunha de dança das sombras, ela nasceu no Japão, fundada por Tatsumi Hijikata juntamente com Kazuo Ohno. Kazuo foi um artista sem precedentes, acima de talentoso, foi genial. Abaixo um trecho do filme. E logo depois dois vídeos do mestre Ohno.

C. B. de Hollanda

E pra iniciar a lista brasileira das melhores músicas, segundo críticos [e nessa primeira música, tem também minha opinião], vamos com Chico Buarque. Com certeza a melhor música brasileira de todos os tempos, e a melhor música de Chico. Não é a finalista de 1967, Roda Viva [essa é só segunda melhor, lembrando sempre, na minha opinião]. A música é Construção, todos, ou pelo menos cem por cento de vocês devem ter ouvido pelo menos uma vez na vida, e ouviram e não se lembram. Construção de Chico Buarque:

Sabem aquela sensação de Déjà vu? Pois é essa a sensação que se tem ao ouvir essa próxima música, a 24ª da nossa lista de 500 [falta pouco para o final]. A sensação de já visto que temos não é sem motivo, vejam essa lista: Bob Marley; Dionne Warwick, Jeff Beck e Rod Stewart; Bob Dylan; Phil Collins; U2;Larry Norman; Aretha Franklin; The Doors; Alicia Keys; Seal; Kevin Max; Oficina G3; The Blind Boys of Alabama; Ed Motta e Take 6. Pois todos esses artista já a regravaram, sinal de que não vem pouca coisa abaixo. A gravação original é da banda The Impressions, nascida em 1958. O vocalista teve uma exemplar carreira solo, e é até capaz que alguns de vocês o conheça, o Curtis Mayfield, um multi-instrumentista (guitarra elétrica, baixo, piano, saxofone e bateria) muito importante na música Soul. A música caros amigos, People Get Ready:

Um poema do amor

Enquanto escuto o vento
Sussurrar seu nome para dentro de mim,
Enquanto vejo a chuva cair
E lembro de suas lágrimas
Aquelas de felicidade
Me recordo de nossos devaneios
Coisas tão passageiras
Que só hoje é que percebo
Que nada aproveitei
De cada minuto sem importância
Varrido para o passado
Pelo tempo
Jogado as traças
Como as fotos que guardava
E quando penso, sofro
Lembro,
E menosprezo
Essas malditas traças
Que corroem a memória
Mas não me levam junto
E como da vida
De tudo se tira lição
Do amor eu tirei a minha
Não passa de ilusão
E cético, desacreditado
É que vivo
Sem amor
Feliz

A arte do spray

Leonardo Delafuente e o Anderson Augusto (conhecido como São) são paulistas. E juntos fazem uma arte que só tem ganhado aplausos tanto de brasileiros, como, principalmente, de estrangeiros e constantemente são convidados para exibições no exterior. Ambos são grafiteiros e assinam como “6emeia”, assim mesmo a mesma assinatura para os dois, como se fossem um. Suas obras são um espetáculo que revitalizam a cidade de Sampa. Eles usam o meio para criar os desenhos e o meio é principalmente bocas de bueiro. Tem causado o impacto que eles desejam, através do não-convencional. E chega de tititi, abaixo tem seis fotografias dos grafites e os links para a página deles no Flickr e o site oficial.

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Fonte: Flickr
Site oficial: 6emeia

In My Life

Paul, John, George e Ringo:

Perdido

Ali sem nexo
Anexo
A nada
Desconstruído
Destituído
Perdeu sua humanidade
Sua sanidade
Vulgarizado
Sem sociedade
Marginal
No meio desse tudo
Não tem nada
Não leva consigo
Nem a roupa do corpo
Corpo quase extinto
Magro
Ferido
Sem memória do passado
Sem pretensão de ter futuro
Está logo ali
Do lado
Perdido

Ana

[Aos puritanos: Não passem desta linha]

Ana gosta de ser ele
Não que Ana não goste de mulheres
Pelo contrário
Ela as ama
E por isso gosta de ser ele
Ana é uma mulher
Mas Ana tem pau
Ana é estrela
Mas em um céu diferente
Não dessas que brilham e só
É mais
Dessas que encantam
Cantando
Ela não tem voz de veludo
Voz de menina
Dessas vozes por aí
Ela tem voz de verdade
Voz forte
Firme
Ana é música
Em forma de poesia
E como poesia não é para todos
Ana também não
Ana é isso
Ana é ‘foda’!

Pois é, espero que nenhuma Ana sinta-se ofendida por esse poema. Meu desejo com esse poema é outro, é o de admiração. Principalmente por uma Ana, Ana Carolina. Três motivos para gostar de Ana:

Primeiro, ela é poeta:

Segundo, ela é forte, sua música é forte:

Terceiro, ela é pornográfica sem ser vulgar:

Fã de animação

Sou do tipo “super fã” de boas animações, de projetos de graduações [principalmente os franceses] à colossal Pixar, desde curtas bem humorados ou longas dramáticos, animações são fantásticas. Acompanho um blog com conteúdo voltado somente para elas [aliás o melhor blog do Brasil no assunto], o Smelly Cat. E por lá encontrei essa fantástica animação, de autoria de Eran Hilleli:

Imagino…

Do que são feitas as nuvens?
Não quero saber do ponto da física
Não me interessa o que dizem
Mas o que me importa
É a imaginação
Então
Do que são feitas as nuvens?
De sonhos?
Sonhos…
O que são sonhos?
Não quero saber desses sonhos de quando dormimos
Mas daqueles sonhos
De quando estamos acordados
Sonhos que nos fazem voar
Quando imaginamos
Imaginar…
Então imagino
Que as nuvens são de algodão
Que a é lua de queijo
Que a cegonha me deixou em casa
Que a neve é sorvete de baunilha
Que a pipoca é feita com mágica
Que tem um senhor de barbas brancas,
barrigudo e já velhinho
morando no Pólo Norte
Que vivo no mundo da Lua
Que marcianos existem
E as pedras em Júpiter são macias
Sem querer
Imagino que sou um super herói
Que posso voar
Imagino que posso salvar o mundo
Imagino
E então
Desimagino tudo
Feito carne e osso, coração
Pulmão
Sou pessoa normal
Morrível
Frágil
Como todo homem é
Mas ainda com um poder
Imagino…

Cansado

Cansado dessa falta de educação
Desse desrepeito
Um despeito
Despautério
Hoje em dia
Nem bom dia
Tanto palavrão
Poluição
Falta de noção
Má educação
De absurdos, tolices,
dos tolos, bobos, parvos
Asneira todo dia
Não aguento mais não
Então
Com licença,
com sua permissão
Vou retirar-me
Vou descansar
De toda essa situação
Muito obrigado
E volte sempre

Be my baby

Dando continuidade a nossa lista da revista Rolling Stones [as 500 melhores músicas de sempre], chegando a número 22. Hoje é dia de uma pegada mais dançante, com o grupo de garotas The Ronettes, que surgiram na décade de 60 [eu devia ter surgido nessa epóca, aliás até um pouco antes]. O nome da música estampa o título do post. Se preparem em 3, 2, 1… mas antes quero compartilhar que já tenho mais alguns posts em mente apenas relacionados a música [além dos 478 posts da lista], com um material muito bom mesmo.

Canto dos Mortos

Já que publiquei aqui um antigo conto meu [reeditado], hoje vou publicar o primeiro poema que fiz após um longo período inativo [algo em torno de 4 anos]. Antigamente eu usava qualquer caderno que surgia na minha mão e começava a escrever, era um muleque ainda. Então esse foi o primeiro poema dessa nova safra, onde publico direto na interner ou faço no moleskine e guardo pra quase todo o sempre. O nome do conto é “Canto dos mortos”, acabei de reeditar também, então se torna inédito não? É tudo meio estranho e meio anormal.

Noite sem lua, no escuro
Entre os vivos, estou morto
Ando sobre o nefasto muro
De solidão, tortura, amargura
Em meio a sombras
Em meio a dor e sofrimento
Entre criaturas espectrais
Ao lado deles, e dos meus
Ao lado dos mortos e vivos
Junto ao sangue teu
Ó delicioso sangue
Traz junto o sabor da alma
A esperaça da vida
Faz da morte, longa vida
De minha vida
Uma longa morte
Vejo a noite,
Ando a noite, vivo a noite
Faço a noite,
A alma d’outros
Faço meu sustento
Quando imploram por salvação
Trago comigo a perdição
E choram, e gemem e imploram
Eu apenas gargalho,
e brinco, me divirto
Risos soltos. E espalho
O terror, o horror,
Eu tenho medo de mim
Sem piedade, sem bondade
Sem felicidade, sem nada
Apenas a noite, apenas o escuro.
Apenas o muro
Apenas vazio

El Presente

Felicidade é o que descreve minha situação no momento. A alguns meses atrás me custou um dia inteiro para conseguir postar um vídeo aqui no wordpress, afinal, ele simplesmente não aceitava os embebed do youtube, ou outros do tipo. O post foi uma homenagem a John Hughes e o vídeo foi do filme Clube dos Cinco, pode conferir clicando aqui [é só clicar no aqui anterior mesmo]. Foi uma árdua batalha postá-lo, mas esse tempo passou. E o tempo novo é de facilidade, e de forma simples usando o vimeo [em minha opinião superior ao youtube] posso acrescentar vídeos tranquilamente. E para dar inicio a essa nova era [muito épico esse momento], vou começar com uma cantora maravilhosa. Ela já fez dueto com o nosso Lenine, e também com a Marisa Monte. Uma mexicana que tem feito um estrondoso suceso “lá fora” e abocanhado alguns prêmios. Com vocês Julieta Venegas:

Um conto

Por um tempo além deste blog, eu mantive um de histórias sobre vampiros. Encontrei por lá um texto que foi bem elogiado. Então resolvi colocar por aqui, resolvi também reeditá-lo, acrescentar umas poucas palavras só para enriquecer um pouco mais a descrição. Na primeira versão intencionalmente eu pulei uma pequena linha do tempo pelo simples motivo de falta de criativadade, muita falta de vergonha de minha parte. O texto me agrada também e espero que agrade aos leitores. Lembro que não é meu forte, já não escrevo bons poemas simples, o que se pode dizer de narrativas?

Durante o século XVIII, uma família simples, uma família cristã, uma família bondosa, morava na Rua do Alecrim em Lisboa. Uma mulher de pouco mais de 50 anos, um homem com seus quase 70. Três adoráveis crianças, dois garotos, de 8 e 12 anos, uma bela mulher, com seus 20 anos. Os outros não nos interessam, mas a menina, que aliás já é mulher, e muito bela, ela é nossa estrela principal, nesse cenário de terror, um pequeno anjo. Fora educada nesses velhos costumes cristãos, era bondosa e meiga, muito gentil e também educada. Era como se viesse da nobreza, mas não. Era uma família simples, não pobre, afinal o pai tinha lá suas posses, mas ainda assim simples. Como sempre, era noite, não existe hora melhor. E nossa personagem principal estava sozinha, em uma rua deserta [como desertas são todas as ruas do medo], precisou sair da Missa do Galo mais cedo que os outros, teve que ir para casa. Mas aquela noite em especial, ela encontraria uma criatura que só existia em lendas. Um ser criado dos mais violentos mitos, dos piores sonhos. Descendente de Caim, um ser sombrio. A garota caminhava lentamente, com o olhar distante, melancólico, como a esperar, como se soubesse do seu destino, desse futuro imediato. Não houve cortejos como nos livros, galanteios, ou paciência da criatura, de forma violenta, rápida, cruel, cravejou no pescoço da donzela dentes brancos como marfim. Possuía, saboreava, degustava cada preciosa gota vermelha. E apaixonado pela doce humana que devorava, a criatura, se fez criador, a donzela se fez criação, e depois do banquete, fez do corpo imóvel e seco a sua frente, fez do corpo morto, sua amada imortal. O sol já estava nascendo, a família ainda estava acordada a procurar pela jovem, lampiões ainda estavam acesos a procurá-la. Enquanto ela estava acordando e não se lembrava muito da noite anterior, mas sabia que estava em um lugar estranho, iluminada por uma infeliz chama, sozinha no profundo escuro. Quando a criatura aproximou-se da jovem, ela gritou horrorizada. Levou horas para entender o que estava acontecendo. Levou dias para aceitar quem era agora. Levou décadas para se alimentar, e agora, alguns séculos depois, já consegue se divertir com tudo isso. Gosta dos apelidos que recebe, em especial quando a chamam de assassina. A falta de um coração batendo em peito quente é capaz de corromper a mais pura das almas, até mesmo essa doce garota, que ainda é bela, apesar de sua pele branca, parecendo uma pequena boneca de porcelana, que pode se quebrar a qualquer momento, mas não se engane, pode ser tão cruel quanto seu criador, ou qualquer outro antigo demônio dessa desprezível espécie. Todos desejam seu nome, não direi, é uma blasfêmia, uma maldição, o que sei é que após um massacre em uma pequena vila italiana, passaram a chamar a nossa bela dos olhos verdes de Ravena, uma pequena homenagem a esse delicioso massacre e é melhor que a chamem assim.

No Moleskine

Não sou um poeta romântico
Mas sou um poeta apaixonado
E me sinto
Miserável
Por amar
E não conseguir escrever
Só sei falar
da solidão
dos sonhos
e pesadelos
Mas sempre que tento
Falar dela
Eu perco as palavras
Um poeta miserável
Capaz apenas
De sofrer

Triste Bahia

Com muito trabalho estou conseguindo finalizar este post. Pelo fato da música ser muito longa [9 minutos] e assim ser um arquivo “grande”, o site de hospedagem que eu estava usando não carregava ela, e como eu disse no inicio depois de muito trabalho encontrei um site com uma largura de banda mensal maior e onde consegui upar a música. Que aliás é o tema de nossa postagem. Essa música eu ouvi no álbum Transa [1972] do magnífico Caetano, não é a primeira vez que lanço ele por aqui. Se a primeira foi uma canção em espanhol, dessa vez é bom “português tupiniquim”. Música com um misto de um poema do Gregório de Matos [título homônimo] e letra do Caetano. A música é incrível, belíssima. Uma época na qual o senhor Veloso não caia dos palcos e nem falava abobrinhas a respeito do presidente, ao ponto de sua mãe, nossa famosa Dona Canô ter que pedir desculpas ao Lula [é fantástico esse tratamento pessoal que damos ao nosso presidente]. Não sou lulista, petista ou nada do tipo, só penso que ícones culturais, pessoas capazes de modificar opiniões, pesem bem na balança as palavras que irão usar, que diga que é contra algo, mas diga de maneira decente. De resto o Caetano ainda é [momento de usar palavra inapropriada] “foda”.

Mais uma da lista

Já começo me desculpando, pois nunca ouvi nada do Bruce Springsteen, o 21º da lista da Rolling Stones. Mas fiz uma pesquisa rápida [nossa santa salvadora a Wiki] e fico sabendo que “Bruce já recebeu vários prêmios importantes como quinze Grammys, quatro American Music Awards e um Oscar” e fico me martirizando por tamanha ignorância minha de nunca ter ouvido nada do nosso caro senhor [60 anos]. Enquanto escrevo vou escutando a música do post, e é fantástica. Acho que não é necessário mais nenhuma introdução por aqui. Sobre nossa lista, senti hoje uma pontada de frustração, já deveríamos ter ultrapassado a marca de 100 músicas, e estou aqui postando a número 21. Mas vamos ao que mais interessa, a música Born to run:

Da saudade

Saudades
Sentimento esquisito
Nunca tinha sentido
E agora inventou de machucar
É estranho quando aparece
Você não percebe
Até que vê
O coração aberto
Ferido, em prantos
O peito escancarado
Apunhalado
Doendo
Você não chorava
E agora chora
Você nunca pensou
Que estaria longe
E agora está
Se antes era carinho, amor
Hoje é saudade, tristeza
Se antes só sorrisos
Hoje lágrimas
Enquanto você escreve
Borra a tinta no papel
Borra a imagem no pensamento
Manchas na memória
E tenta nunca esquecer
E consegue
Mas por sempre lembrar
Sempre sofre
E agora deseja olvidar, esquecer, perder, abandonar
Mas já não consegue
E tem
Saudades

Let it be

Paul, John, George e Ringo:

Conto

Olha eu aqui atrasado de novo. Fazer o que não é? Hoje vou postar um conto da escritora Ana Santos [infelizmente careço de mais fontes sobre a autora]. Este conto eu li na revista Bravo!, uma das melhores revistas que assino [na verdade assino apenas 3, todas excelentes, inclusive já mencionei por aqui a Piauí). Então vamos ao conto, curto e muito prazeroso.

“Meu vô Laco era branco e leve, sentado à porta. Respirava baixo. Tinha nos olhos resto de espanto: era cego. E no cegar sequer sabia a gente, na cadeira anoitecia, quieto, quieto, entre galinhas e sapos. Havia escuro, mas no rosto do vô as duas velas, até minha mãe, sua filha, soprá-las com voz e braço, ternos.
Era plácido; inimigo do vento. Às vezes quis falar-lhe, dizer verso, dizer: vô Laco, o senhor lembra que são bonitas as galinhas? Dizer: vozinho, quer que eu te conte essa figura de revista? Não disse. Meu vô Laco era perecível. A gente ficava sem jeito de amá-lo.
Cheirava morno. Vestia casaco, seu único, de linho marrom. Casaco de baús. Nos bolsos, guardava as mãos, muitíssimo. Muitíssimo ruminou segredo na boca vazia de dentes. Mastigava – os lábios cerrados, beija-flor de asa – algum caramelo eterno.
Gostava, sim, de caramelos. Mas o doutor lhe proibira açúcar: a filha escondera em terríveis potes as doçuras todas da casa. Não raro a gente o via na cozinha a tatear, cheirar, derrubar xícaras. Sumiam nacos de rapadura e chocolate, fatias de bolo – que coisa feia, o senhor não tem vergonha? E o vô sorria, desentendido.
Uma vez me chamou: Julinho. Então ele me sabia? Tirou do bolso chicle de hortelã. O sol, monótono, se punha. Houve barulho: de grilo, rádio, cão. Fiquei assim, com ele, ao pé da porta – silencioso, diminuto, a estourar bolas.
Um velho sentado em cadeira preenche os quintais do mundo. Não há não vê-lo; não pensá-lo. Um velho vive porque a gente o vê, a gente pensa: quando ele for, o que será? Pois se ele tem a idade do tempo. A gente ri do que ele fala, diz: está caduco. Um velho atravessa o dia muito só, lembrando, navegante de horas. Leva a cadeira ao quintal, de manhã; à noite a recolhe. Entrementes, o nada supremo, as cozinhas.
Não disse: quer um gole do meu guaraná? Que eu te faça chapéu de jornal? Ele era pouso pros aviões da gente – gigante doce, inerte.
Decerto, entrementes, mastigando, quis dilúvio, quis incêndio, morreu, morreu – sequíssimo e intacto. E já não era vô Laco; era o horror das cadeiras sem velho.
Foi velado, sobre a mesa. Vieram parentes, com choro. Lá fora, o burburinho das aves. A filha penteara-lhe o cabelo, pusera-lhe sapatos, um casaco outro, novo. Eu sério, homenzinho, as pestanas inquietas. Amei-o com atraso.
O que é de um morto esconde-se em armário, atrás de porta. É um palpitar no escuro. A gente o liberta, enfim – e está mofado.
Do vô, era o casaco. Pendia (tão seu único, tão marrom) de algum cabide firme. E vi – que ditosas, achadoras de tesouro, invadiam-lhe os bolsos mil abelhas e formigas.”

O nome do conto é Açúcar, aqui você pode ler outro conto da autora.

Êita

Êita vida besta
Vida surrada, surtada
Surreal
Quanta desgraça
Que tanta paciência
Não suporta mais
Olhe, veja bem
Que falta de vontade, não é
Mas, miséria em exagero
Não padeço dessa “precisão”
Necessidade de mesmice
Tenho não
De derrotas já me chega!
Êita que disso tudo
Nada se salva, ou salva-se nada
Não tenho essa necessidade
De sobreviver
O que quero é só viver
Em paz se possível
Se não
Que ao menos me apaguem a luz
A conta tá alta
E assim não vejo tudo isso,
Nem nada disso.

Atraso

Bem atrasado com as postagens, por problemas no trabalho. Muita pressão esses dias. Mas logo estarei de volta.

Ladies and gentlemans

Senhoras e senhores, com vocês em décimo nono lugar na lista Rolling Stone, ele o único, eterno, Rei do Rock, Elvis the Pelvis: Elvis Presley, com a música Hound Dog.

Há dezesseis anos, um dos melhores músicos brasileiros de todos os tempos, lançou um álbum em español, com o título “Fina Estampa”. O grande músico: Caetano Veloso. Não é exagero dizer que o álbum é perfeito, com Caetano com um espanhol impecável e melodias maravilhosas. A alguns dias assisti ao filme, do sempre [no mínimo] excelente Almodovár, “Fale com Ela”. E em um certo momento, um certo cantor brasileiro, se apresenta:

Desculpem-me o uso do exagero ao adjetivar o Caetano e o Almodóvar.

Solo II

Um solitário
Crescendo
Sem se cansar dessa vida
Sem amores
Sem amores vãos
Sem amores tristes e felizes
Seguindo
Vivendo
Sozinho
Cada dia, cada manhã,
e especialmente cada noite
Por querer
Não por medo
Mas sem explicação
Apenas por ter se acostumado
A ser só
Afasta-se das paixões
Dos amores
Dos amores vãos
De todos os amores
E vive
Solo

Solo

Envelhecendo
Me acostumei
Com o único sentimento
Que homem nenhum deve se acostumar
Fui esquecendo de mim
Me abandonando
E querendo ser abandonado
Me acostumei a solidão
Me acomodei
Sozinho
E só hoje um novo sentimento surge
E me abre os olhos
Maldita tristeza
Que sempre foi minha companheira
Mas só agora mostrou sua face
De sofrimento
Me abandonando por aqui
Tristemente feliz
Solo

Chuck

E continuando nossa fantástica lista, mais uma de um dos mestres do rock. Um dos poucos roqueiros “puros” vivo. Com vocês, senhoras e senhores: Maybellene, com Chuck Berry.

Versos perdidos

Pobre desse poeta desgraçado
Encontra-se perdido
Em um mundo
Seu
Só seu
Sente-se traído
Por seus versos
Que enganando o pobre coitado
Deixaram-no só
Pobre poeta
Abandonado pela poesia
A criação deixa o criador
O filho sai de casa
O poeta é esquecido
E suas palavras, pensamentos
Encontram o vazio
O poeta perdido sem seus versos
O poema perdido sem vida
O poeta esquecido sem sua pena
Pobre desgraçado sem fé
Acabaram seus poemas
Acabaram seus versos
E secaram suas lágrimas

Go South Africa

Essa última semana, assisti ao filme Invictus. Ao final do filme meu único desejo era ver a África do Sul na final da Copa do Mundo de Futebol, e se possível erguendo a taça. E antes que comece a crucificação sobre o meu patriotismo, minha torcida pela seleção canarinho é imensa, mas o sonho de ver os Bafana Bafana levantarem a taça e transformar todo o país novamente, como aconteceu na Copa de Rugby, é ainda maior. E vencendo não pela habilidade do time, ou técnica dos jogadores, mas pelo merecimento de uma nação guerreira. Eu entendo que o preconceito racial não é exclusividade deles, e que tem países no continente africano em situação muito pior, mas quem está sediando a copa é a África do Sul, quem tem Mandela [acima de tudo um herói histórico com uma filosofia de perdoar quem o massacrou e ícone na luta contra o racismo] é a África do Sul, e quem tem no histórico um ato de superação como em 1995 é a África do Sul. E por esses motivos vejo nela uma campeã em potencial, por merecimento. Apesar de tudo, é necessário também perceber, que esse título não terá o mesmo impacto que o de 1995. Naquele ano, havia um time no Rugby com 99% de brancos e hoje no Futebol um time com 99% com negros, retratando bem o país atual, que ainda convive com o preconceito, porém de forma inversa, onde os brancos tem menos oportunidades que os negros. Se anos atrás o título de campeão mundial uniu os milhões de sul-africanos, o título mundial esse ano não conseguiria tal feito. Mas pessoalmente eu ficaria extremamente feliz em “ver” o país de Mandela festejando novamente umgrande conquista, e quem sabe, esse não será um importante passo para a reconstrução da África do Sul, e melhor ainda, esse primeiro passo  além de representar a reconstrução do país, representar também o primeiro passo para o desenvolvimento do continente. Também sei que o Brasil sofre de problemas semelhantes, mas sei que já temos 5 títulos mundiais e nenhum deles alterou em nada a vida do povo, quem sabe o título indo a mãos mais carentes não faça com que alguns “olhos” sejam voltados para lá. A música que presenteio vocês nesse post, é o hino da torcida sul-africana, a ouvi no filme Invictus, e digo que todos os dias a escuto, e sinto todo o sentimento que existe nela, e é impossível não se sentir um pouco sul-africano ao abrir a mente e perceber na canção esse sentimento guerreiro dessa nação. Go South Africa.

God of the Guitar

Nosso melhor guitarrista de todas as eras, aparece um pouco longe das primeiras posições dessa nossa lista [lê-se lista da revista Rollings Stones].Em 17º Hendrix surge com a música Purple Haze. Eu me vejo perdido sem saber o que dizer sobre Hendrix. O título diz tudo, como uma unanimidade, ele é o deus da guitarra. Citando a filha pródiga das enciclopédias [viva a Wiki]: “Hendrix disse que a canção foi inspirada por um romance de ficção científica de Philip José Farmer (a frase do livro é ‘cacimba purpúrea’). Hendrix afirmava que a canção era sobre amor, explicando que o verso ‘o que quer que seja, aquela rapariga enfeitiçou-me’ era a chave para o significado das letras.” E vamos com a música:

Até logo

Toda despedida é triste
As que vão
e não voltam
Ou voltam logo
Cada lágrima que cai
Leva junto
Uma lembrança feliz
E dos momentos felizes
Nos despedimos, tristes
Se foi, espero que volte
Se ficar,
espero que lembre
De quem ficou
A chorar
E essa falta,
sozinho eu sinto
O amor de uma filha
e a preocupaçao de uma mãe
Foram,
e eu só disse
Até logo

Crise do ser

Confuso
Perdido
Insosso
Permuto
Sozinho
Fico e calo
Preciso
Frio e colo
Peço
Faço e choro
Mudo
Ferido eu corro
Fujo
Fuga
Fugindo de mim
Fuga do ser
Sem querer
Mudo
Sem perceber
Fico
Sem mais notar
Desexisto
Sem existir
Sorrio
Sou rio
E sigo
Sem razão
Pondero
Com paixão
Compaixão
De um ser
Sem existência
Por fim
Fim

Recortes

Aceitarás o amor como eu o encaro ?…
Eu te amo porque te amo
Consciente de ti, nem a mim sinto
A dor que já me não dói
Minha alma não tem alma
Peguei no meu coração
A pena escreve
Tenho tanto sentimento
Dentro do meu coração!
Do meu triste coração
Minhas mesmas emoções
Amar é a eterna inocência
Hei de morrer de amar mais do que pude

I Want to Hold Your Hand

Paul, John, George e Ringo:

Cego

Vendo o que eu queria ver
Imaginando o que eu queria
Imaginar
Sonhar os meus sonhos
Me iludindo aos poucos
Cego fui ficando
Enquanto crescia
E regredia ao puro
De personalidade ingênua
Tolo ou bobo
Me cegando do resto
Negando o que recebia
Perseguindo o que eu desejava
Sem alcançar nada
Me desiludindo devagar
E me ferindo aos poucos
Acordado de pesadelos,
fantasiados de sonhos
Ilusões ou devaneios,
até ali me seguiram
E eu sem perceber, segui
Quando me vi triste
Me acomodei
E nesse sentimento
Seguro eu me senti
Cego de todo o resto
Puro de outros sentimentos
E confortável com a dor
Na tristeza me acomodei
Cego de tudo

A Bola e o Coração

Por que é que torcemos se não ganhamos nada com isso? Se quem ganha é quem faz o futebol? Jogadores, dirigentes, etc. Por que torcemos? Me fizeram essa pergunta hoje, indiretamente (ela foi feita para todo um auditório). Torcer é um gesto, uma atitude, que está acima dessas explicações. Começamos pequenos, as vezes inspirados pelos nossos pais, pelos nossos ídolos. Quando torcemos não queremos ganhar nada material em troca, e de vez em quando, mesmo com o time derrotado, ficamos satisfeitos pelo espetáculo que eles nos presenteou, quando vemos os jogadores em campo, com raça, com paixão, nos satisfazemos de uma maneira inexplicável. A bola ganha alma e vida, faz uma ligação com o nosso coração e vibramos sempre que ela faz a nossa vontade. O sentimento à flor da pele, a paixão adormecida, explode, o grito que ecoa pelas nossas gargantas, traz consigo felicidade, alívio, paz e uma dose de insanidade. É absurdo quando uma torcida ofende seus majestosos, é absurdo que no momento em que os jogadores mais precisem de amparo, recebam vaias e pedras. É absurdo quando um jogador explode de ira com a sua torcida, quando essa apenas cobra mais vontade. É lamentável que violência traga mais violência. No mundo perfeito cantaríamos nossos hinos e torceríamos pelos nossos times mesmo na pior das situações, no mundo perfeito, nada seria perfeito, os times perderiam, mas a fé jamais seria abalada, e como fanáticos religiosos, sempre que o time se afundasse mais, mais perto deles chegaríamos, para poder levantar-los e novamente os glorificar. O futebol une de uma forma gloriosa e consegue pacificar nações, mesmo que temporariamente, de tal modo como nenhum outro esporte ou acontecimento é capaz. O futebol é o maior esporte do mundo, é religião, é amor, sentimentos! A bola no pé de quem entende é arte, a bola no fundo da rede é um quadro, a bola é pincel, artista e tela, e nesse quadro os jogadores são apenas as cores, que vão preenchendo e dando vida por onde passa o pincel. E assistir a exposição da arquibancada, o verdadeiro camarote, onde todas as vibrações começam e se intensificam, com o manto sagrado e a bandeira na mão é uma glória olímpica, capaz de fazer inveja aos deuses. É impossível falar de futebol, e não falar dos colossais Rubro-negros, o maior dos gigantes e mais amado do mundo, com nossa imensa nação, a Magnética. E deixar bem claro que pulsa um coração vermelho e preto no peito. Um coração apaixonado pelo futebol.

London Calling

Se eu tivesse mantido o blog de modo mais constante, essa próxima provavelmente cairia no época certa, quando o álbum London Calling do The Clash, completou 30 anos. Após uma verdadeira revolução (ou evolução?) do mundo da música Punk Rock. Um dos melhores álbuns que eu já ouvi e é comum ouvir que o The Clash tem apenas esse álbum de bom, mas não é verdade, esse é o melhor, afinal, todo artista tem sua obra-prima. Mas chega de enrolar, vocês sabem que gosto de apresentar as músicas e deixar que a opinião seja formada por vocês. London Calling:

Voltando a velha lista

bem amigos da net. Voltamos com a lista das 500 melhores músicas de sempre. Paramos na 13ª música com Yesterday dos garotos de Liverpool. Infelizmente as músicas que estavam hospedadas em um site de hospedagem gratuito foram deletadas, então não tem como vocês ouvirem as músicas antigas mais pelo blog, mas podem procurar no sagrado Google. E para voltar a lista, não tinha como ser melhor já que parei nos Beatles, voltamos com Bob Dylan. Velho conhecido nosso, com composições que ultrapassam a linha da perfeição. E vocês já sabem que não é exagero meu. Ficamos com a nossa 14º música, já que estou fazendo o caminho contrário, apresentando as melhores e depois as menos melhores (música ruim não existe por aqui). Com vocês, Blowin’ in the Wind:

Poema desregrado

Perco-me por minhas próprias palavras
Por linhas sinuosas, subida íngrime
Demônios na minha alma
Castigada
Sofrida, abandonada, sozinha
Perdida dentro de mim
Encontro-a em alguns copos,
Algumas doses
Doses de veneno
Assim são pensamentos
Cruéis, irreais, surreais
Imaginação
Um sonho gótico
Na escuridão do meu interior
Sem luz
Encontro-a
Com frio, com fome
Sozinha
Tortura-se minh’alma
E nessa angústia dela
Perdida está
Escuta rezas, preces
Orações
E ri-se
Da falsa fé
Do falso mundo
Perdida uma alma
Procura-se
Quem encontrar
Que lhe dê fim

Copa do Mundo

É o assunto do momento, toda boa roda de boteco no momento não tem outro tema principal, flash na televisão, jornais com especiais sobre o país sede da Copa, internet e tantos outros meio de comunicação disponíveis estão focados no evento que se iniciará em 44 dias e 12 horas (tempo restante até o fechamento do post). Então como todo mundo já disse tudo, eu resolvi apenas acrescentar uma página no blog “Copa do Mundo” e lá vocês podem ver uma pequena tabela dinâmica que é disponibilizada pela própria FIFA. Além da imagem do mascote que na página principal aparece lá embaixo e na página da Copa aparece na lateral, clicando na imagem vocês serão direcionados para a página da FIFA. Isso é tudo pessoal.

A MAIOR TORCIDA DO MUNDO FAZ A DIFERENÇA

Metamorfose

Agora sou eu, amanhã também
Mas ainda sim diferente de ontem
E continuo sendo o mesmo estranho
Me transmodifico, transformo, reformo
Reformulo e me reconstruo
Me faço novo e renovo
O que é novidade
Não passa de coisa velha
Um preto e branco manchado de vermelho
Pintado, borrado
E modifico o eu
Do clichê, velho novo
Faço vida
E faço verso
Os mesmos versos que usei antes
Uso agora
Mudo a ordem e o velho se renova
Nem me conheço mais

Sem inspiração

Quando a paixão acaba
E nem a tristeza nos resta
Quando seca a fonte
E até a musa some
Quando não há mais festa
E nem luar na noite
Quando nasce o sol
E você está olhando para o lado errado
Quando o vazio preenche os espaços
E nem o olhar brilha mais
Quando tudo chega ao fim
E você não tem um recomeço
Quando acaba a inspiração
E você se sente inútil
Um poema não tem final

Por um dia pensei

Uma bala cravada no fundo da alma
Uma alma sozinha
Um andarilho e
Um pedido de socorro
Uma bala cravada
E toda uma vida seria mais fácil
Sem vida
Sem nada

Helena

E fazendo inveja a Afrodite
Ou a Vênus
Ousou ser maior que qualquer
Uma das belas ou
Das riquezas
Mas a maior riqueza
Era seu amor
O que o jovem muito desejava
A deusa atendeu
O amor da doce Helena
Por uma guerra
Pela mais bela do mundo
Reis uniram-se
Deuses enfureceram-se
E pelo maior amor do mundo
O jovem morreu
História de tristezas
Como tristes são todos os amores
E tristes são todas as histórias
Um morto por amor
Vingança de reis
Ela morta por servas
A vingança assaz
Morreu o herói
Acabou-se o império
E o amor
Tudo o que constrói
Depois destrói

Heróis mortos

Estou meio perdido sem saber por onde começar, então melhor começar falando que estou perdido. Enfim chega de poemas, e vamos voltar a normalidade com isso aqui. E depois de uma boa conversa com um amigo, resolvi por fazer esse post. Não é nenhum tipo de dedicatória aos que se foram, é mais para se lamentar o que nós temos hoje. E usando do velho chavão, a tempos atrás, anos e décadas, nós todos tínhamos inspirações e exemplos em todos os lugares, não importava, se você gostasse de música, ou futebol, ou corridas. Tínhamos exemplos em pessoas que faziam por paixão, faziam bem. Tinha os meninos de 58, garotos humildes, que sabiam fazer uma única coisa, e faziam bem e por amor, trouxeram 58 e 62. Em 2006 foram outros garotos, estrelas, jogadores conhecidos mundialmente, e tívemos o que tívemos. Pessoas que trabalhavam menos por paixão e mais por outros motivos. Se comemoramos os 50 anos de Senna, creio que daqui a alguns anos niguém vai comemorar 50 anos de um Massa. Não desmerecendo o garoto como piloto, é um bom piloto, mas não entende que ele é figura modelo, para crianças que pensam um dia em correr em um carro de F1, esse papel ele não faz bem. Se tínhamos um Zico com um futebol impecável e uma conduta fora de campo digna de um herói, temos hoje um Adriano com um futebol precário e um péssimo exemplo para pequenos torcedores, ou um Ronaldo que a cada temporada se afunda mais, só deveriam entender que por mais que não gostem a vida deles passou a ser pública, e quando digo isso, não me refiro as fofocas, mas aos garotos de hoje que infelizmente tem como exemplo pessoas envolvidas em tristes polêmicas. E continuando com cinquentenários, temos o Renato, e tínhamos música de qualidade, uma época em que o Gil e o Caetano sabiam o que era música, sabiam o que era a poesia. Se até o Hollanda calou-se, temos hoje que nos contentar com esses “muleques” tentando fazer sucesso e não fazerem mais música, ou pior ver crianças ouvirem no volume máximo grunhidos e “batidas” com palavras escritas aleatoriamente se fazendo passar por música. As pessoas costumam dizer que quem muito fala, pouco faz, mas se não sou um bom jogador, e tão pouco sei cantar, faço o que mais gosto de fazer e por paixão, escrevo.

Da música

Com certeza minhas menos piores postagens são sobre músicas. E é claro, ela faz parte da minha vida, não que eu viva dela e tenha meu sustento tirado da música. Mas é relação de paixão e amor. Por algumas pode ser ódio, ninguém é perfeito. Posso dizer que meu gosto musical, a cada ano que se passa, se desenvolve mais. Veja bem que a quase uma década atrás eu estava disposto a ouvir todos os ritmos e sons que eu poderia conhecer. Passei um semestre inteiro apaixonado por reggae, não aquele reggae do Bob, era raíz (ou erva) demais para mim, mas um som mais leve, oriundos do Planta Raíz, por exemplo. E outro ano não gostava de nada além de Chopin, Mozart e companheiros, a música clássica simplesmente me tomou por inteiro. E meu maior desejo era aprender a tocar um piano (ainda mantenho esse sonho). E finalmente ganhei uma definição, com a ajuda de bandas como Led, Beatles ou AC/DC, ganhei uma paixão pelo Rock, comprei uma guitarra (ainda não aprendi mais do que um solinho do Black Sabbath) e pretendo aprender realmente a acariciá-la como essa namorada merece, apesar de já estar junto a um ano, não consegui conciliar tempo e me dedicar a música. Hoje eu estou aberto a ouvir qualquer música, não significa que qualquer música irá me agradar. O Rock como música e não estilo de vida, corre realmente na veia, e quando ouço uma guitarra gemer, ao ser tocada por um Page ou um Mustaine, posso sentir minha alma vibrar com o som que emana de cordas que podem ser chamadas de sagradas. Logo volto com a postagem diária, para completar aquela velha lista das 500 melhores músicas de sempre. Isso é tudo pessoal.

Poema sem título

Na beira do lago sem fim
Com tão profundas tristezas
E errantes pensamentos
Como errantes cavaleiros de Cervantes
Em tempos bem antes
Do tempo que agora penso
E beirando esse lago
Doces alegrias, doces lembranças
Ilusões, desilusões afundam
Chegam tão fundo e
Entendem que fundo não tem
Esse lago de imaginação
Estático, parado
Como parada é a vida
Um lago vazio, um lago sem água
Um lago que não se parece com lagos
Mas lago é
E como vidas que não se parecem com vidas
Mas vidas são
E como o tempo que passa
E não entendemos que quando passa
Não mais existe
E assim não vivemos o que temos
E deixamos passar o presente
Que não mais existe
Como a água do lago
Não que secou a água
Mas nunca teve água o lago

D’alma

E entre tantas almas perdidas
A minha é só mais uma
Só mais uma alma
Que não quer
Salvação
Salvação
Perdição
Mais palavras
E não passam disso
Somente palavras o são
E essas, poucas palavras soltas

E minh’alma so quer uma palavra
Descanso

Hoje…

Hoje, apesar do poema meio triste que escrevi, acordei bem mais feliz que ontem. Hoje, apesar de tudo, estou me sentindo muito bem. Dois posts em um dia, é estou realmente bem. Sou um fã de tirinhas (Calvin e Haroldo principalmente) e quadrinhos. E também sou fã da revista Piauí, e na penúltima edição dela, foi impressa uma história em quadrinhos muito bacana. “O homem da cabeça de papelão”. Uma história, engraçada e encantadora, com traços do cartunista Allan Sieber, a história é uma adaptação de obras de João do Rio. Abaixo um trecho por escrito dos quadrinhos, e para ler a história completa, no site da Piauí, é só clicar no aqui do clique aqui.
No país que chamavam de Sol, apesar de chover às vezes semanas inteiras, vivia um homem de nome Antenor. Não era príncipe nem deputado. Nem rico. Nem jornalista. Absolutamente sem importância social. O país do Sol era o mais comum, o menos surpreendente em idéias e práticas. Os habitantes afluíam todos para a capital, e tomavam todos os lugares dos que, por desventura eram da capital. Havia milhares de automóveis pelas artérias matando gente para matar o tempo, cabarés, jornais, a bolsa, o governo, a moda e um aborrecimento integral. Enfim, tudo quanto uma cidade de fantasia pode almejar. E o povo que a habitava se julgava possuidor de imenso bom senso. Bom senso! Se não fosse a capital do país do sol, a cidade seria a capital do bom senso!Precisamente por isso, Antenor era exceção malvista. Esse rapaz, filho de boa família ( tão boa que até tinha sentimentos), agira sempre em desacordo com a norma dos seus concidadãos. Desde menino, a sua mãe descobriu-lhe um defeito horrível: Antenor só dizia a verdade.

Versos mudos

E tiro da solidão alguns poucos versos
Talvez versos tristes
Talvez apenas sozinhos
Ás vezes nem versos são
Ás vezes também nem rima tem
E as rimas choram
E por dentro o coração sente
E por fora os olhos mostram
E tudo é tão estranho
Tão diferente
Tudo muda
Então mudo eu
Mudo fico
E a solidão que anestesia
Faz doer
Faz chorar
E então me acostumo
Não se caem lágrimas
Não se abrem lábios
Não se mostram risos
E fico mudo de novo
Não falo
Escrevo
Com sentimento
Sem sentimento
Consetimento para escrever
Para me mostrar em versos
Eu versus eu
E então não escrevo mais nada

O Poeta

Ia subindo a escadaria, ainda chovia muito. Mas ele não se importava com a chuva. Algumas dezenas de pessoas desciam e subiam junto com ele, ele também não se importava com essas pessoas. Era uma escadaria larga, cinza como toda a cidade. Para baixo uma rua estreita, com casas que quase davam as mãos, não era uma rua, era até menor. Para cima, bem ele nunca tinha ido lá em cima, e hoje gostaria de saber o que tinha lá. Por dias ele passava em frente , e via o mistério, gostava desse mistério, nunca perguntou a ninguém o que havia lá em cima. A dois dias atrás começara a escrever um poema, “A Escadaria” era o seu título, um poema de poucas linhas, que falava desse mistério, e de tantas pessoas que subiam e desciam-na todos os dias, mas ele nunca, nem subia e nem descia. Nunca se incomodou, e nunca teve vontade alguma ou nenhuma vontade de subir. Mas o poema faltava um último verso, e por isso ele subia, o últmo verso estava lá em cima. A folha estava dobrada dentro do sobretudo. Agora faltava pouco, mais um ou outro degrau, já tinha passado mais de uma hora na imaginação do poeta, apenas cinco minutos na imaginação de um trabalhador que subira pouco antes dele, e já havia chegado ao topo. O poeta tinha subido o último degrau, pegou a folha que estava no bolso, amassou e jogou fora. Era apenas uma avenida, cinza, nada além disso. Acabou o mistério. O poeta já estava se deitando enquanto recordava da escadaria, que ontem era mágica e hoje era apenas mais um pedaço sujo da cidade.

E finalmente de volta. E nada melhor para falar do que mulher. Claro que logo hoje não poderia escrever sobre mais nada. Hoje o dia é delas, e sem piadas que os outros dias são nossos, porque para bem da verdade, todos os dias são delas e o dia de hoje, é apenas mais especial que os outros. Mulheres são mães, amazonas, irmãs e filhas, amantes, professoras nossas, amores platônicos, conquistadoras, são Helenas e Atenas. Tem-se tanto a dizer sobre elas, tão poucas linhas, mas tanto medo. Porque outra verdade, e escancarada, é que nós temos medo de vocês, é o medo que tentamos superar para dar um oi, ou um simples bom dia. O medo que tentamos superar para convidá-las para jantar, ou sair para tomar um chopp, medo de dizer eu te amo e depois nos vermos sozinhos, medo de ouvir eu te amo e não poder corresponder como vocês merecem. É um barreira que quebramos todos os dias, um fronteira desconhecida e sem volta, e mesmo com esse medo, sempre quebramos. Só tenho que dizer Parabéns a todas vocês Mulheres.

“…Para conquistar uma mulher,
mais que ser este amante, há de se querer o amanhã,
e depois do amor um silêncio de cumplicidade…
e mostrar que o que se quis é menor do que o que não se deve perder.

É esperar amanhecer, e nem lembrar do relógio ou café… Há que ser mulher,
por um triz e, então, ser feliz!

Para amar uma mulher, mais que entendê-la,
mais que conhecê-la, mais que possuí-la,
é preciso honrar a obra de Deus, e merecer um sorriso escondido, e também
ser possuído e, ainda assim, também ser viril…

Para amar uma mulher, mais que tentar conquistá-la,
há de ser conquistado… todo tomado e, com um pouco de sorte, também ser
amado!”
Salve Drummond.

Finalmente.

Estarei de volta esta semana. A criatividade me parece um pouco enferrujada, e meu estilo sendo esquecido, mas espero voltar com tudo. Até logo.

Sinto muito

Me desculpem os padres, bispos, pastores, monges, espíritas, e outros, mas não acredito em nada disso. Não acredito em nenhuma espécie de deus, ou qualquer encarnação. Sou ateu e acredito no que faz sentido e seja concreto. Não acredito nesse tipo de fé, nem em ser superior. Me desculpem os vegetarianos, as ONG’s protetoras dos animais, mas além de plantas gosto de comer carne. Sou carnívoro também, gosto do sabor da carne, de mastigar, não me incomoda o fato de que um dia foi um boi, um galinha, ou um peixe. Entendam, é a lei da natureza, um devora o outro. Me desculpem os ambientalistas, o GreenPeace, a WWF ou qualquer outra, não me importo se gasto muita água, se estou poluindo, se não ajudo a combater a destruição do meio-ambiente, mas não foi minha culpa chegar ao estado atual, e não vai ser pelos meus esforços que vamos mudar, tudo o que vocês fazem é por vocês mesmos, não pelo planeta, afinal ele está aí a bilhões de anos, e já passou por situações piores que essas, na verdade ele não era nada antes. Vocês deviam mudar a campanha para salve a humanidade, pelo menos teria honestidade. Me desculpem aos que estão lendo esse texto e pensando “que babaca”, mas gosto de falar e no caso escrever o que penso. Mostrar minha opinião, inclusive, onde não sou chamado. Me desculpem.

Da ausência

Não quero explicar-me o porque fiquei tanto tempo ausente. Não é isso. Mas falar da ausência, porque sentimos falta, sentimos saudades? Eu vejo a vida como um conto com alguns personagens e são todos meros coadjuvantes, apenas um principal. Não adianta perguntar sobre os nossos pais, pois até eles vão, nos apaixonamos e ela vai. Nos casamos e ela novamente vai. Nossos filhos apenas nos abandonam. A vida não passa de uma histórinha para durmir que acaba quando um personagem morre, o personagem principal: nós. Não eu na sua história ou você na minha, mas quando cada um morre em sua própria história. Então se temos essas duas certezas, uma é que as nossas pessoas amadas morrem e a outra é que nós morremos, por que nos apegamos a elas? Eu não vejo sentido. E depois quando vão sentimos falta. Nós fazemos o mesmo com outras pessoas, entramos em suas vida e vamos embora, e deixamos nosso cheiro em seus lençois e a saudade em seus lares. Chegamos, sem aviso prévio, sem muitas certezas, mas chegamos e ficamos, começamos a nos sentir principais na vida do outro, e então vamos embora mostrando que fomos personagens segundos e terços, nada mais. Nos ausentamos quando era para estar presentes. Somos tolos? Ou por sermos humanos gostamos de fazer o sofrimento? A ausência é presença marcada na vida de todos. E nos mostra que estamos vivos e bem. É o sofrimento que nos faz viver, pensem no tédio da felicidade por toda a vida? Sofremos e nos recuperamos, é o bom da vida. Então achamos outra pessoa, sorrimos e dois meses ou cinco anos depois estão ausentes novamente. É o ciclo de nossa história, altos e baixos, risos e lágrimas, presenças e ausências, amor e ódio. Um ciclo cheio de antíteses.

500 days of Summer

Eu estava escrevendo um post sobre clichês, mas eu realmente queria muito falar era sobre esse filme. Em todo lugar, todo mundo já escreveu sobre ele, todos os blogs que conheço, todos os sites de cinema, então eu estou bem atrasado e justamente por esse motivo eu não queria comentar nada sobre o filme, mas é impossível. É o melhor romance do ano. O bom é que alguns dias antes eu havia assistido Annie Hall, e 500 Dias com Ela me lembrou muito ele, e realmente faz referências ao clássico de Woody Allen. Tom (Joseph Gordon-Lewitt) um frustrado escritor de cartões (eu sei que os cartões não são escritos sozinhos, mas que profissão estranha), um sonhador, que procura encontrar sua alma gêmea, conhece a lindíssima Summer (Zooey Deschanel). Ele se apaixona por ela (assim começa com o maior clichê de sempre onde garoto conhece garota), ela não acredita no amor. O filme conta os 500 dias do relacionamento dos dois, de forma não-linear, com Tom procurando entender onde foi que estragou tudo, o motivo do fim. O longa conta com Mark Webb um diretor experiente em clipes, e ele traz isso para o filme, a dinâmica dos vídeos curtos, para contar cada dia da lembrança de Tom. Além de uma excelente trilha sonora, até eu fiquei fã dos The Smiths. É um filme para todo o tipo de pessoa, namorados, solteiros, casados, divorciados, é o velho filme que nos dá uma lição sobre relacionamentos. A Zooey é encantadora, se torna difícil não se apaixonar pela Summer também. Como deu pra ver eu sou péssimo em críticas, aliás nem encarem como uma. Gostar de algo, não é ser bom em algo. Mais um filme que recomendo, um romance que não é meloso, é apenas uma história que qualquer um de nós podemos viver, e até queremos viver, com a Zooey se possível.

Yesterday

Paul, John, George e Ringo:

Clube dos Cinco

Provavelmente quase todos vocês já devem ter assistido a esse incrível filme. Eu o achei incrível. Mas vejam comigo, o filme nos apresenta cinco alunos (2 garotas e 3 garotos, sempre uma quantidade maior de homens) que ficam um sábado na escola, obrigados, e então passam a compartilhar seus dramas pessoais (essa parte de dramas eu peguei na wiki), são cinco alunos distintos um do outro, em formas estereótipadas como “o cérebro”, “o atleta”, “a neurótica”, “a princesa” e “o marginal” e um roteiro feito em apenas dois dias. Tinha o que para dar certo? Apenas John Hughes, e esse post é dedicado a ele, não que um dia ele vá ler, a menos que eu consiga que o velho Chico volte dos mortos e envie essa mensagem para o John. Um dos maiores ícones da década de 80. Como prova escreveu e dirigiu, como um amigo chama, o clássico dos clássicos Ferris Bueller’s Day Off, ou como todos vocês conhecem Curtindo a vida adoidado (o título em Portugal é ótimo O Rei dos Gazeteiros), e esse realmente é o clássico dos clássicos. Ontem e hoje assisti a alguns do John: Curtindo a vida adoidado, A garota de rosa shocking e O clube dos cinco. Juro que a primeira vez que assisti cada um deles. E o Hughes é fenomenal. Fez parte da infância de milhões, da adolescência de milhões. A muito eu vinha pensando em fazer algo sobre o Tarantino, pra mim o melhor. Mas esse cara, o John, mereceu minhas palavras, como eu já havia dito, não são boas, mas sinceras. E como sempre, eu nunca tenho muito a falar. Morreu em 2009, aos 59 anos, de ataque cardíaco, ao caminhar em Manhattan (novamente Wiki). Deixo recomendado os três filmes. O Clube dos Cinco é um filme pra ficar entre os melhores de sempre, daqueles que nós temos vontade de ver mais uma vez, tentar guardar cada cena no fundo de nos lembranças. É emocionante, é divertido, é marcante, um filme tão incrível quanto o John Hughes conseguiria fazer.

Vídeos do VodPod não estão mais disponíveis.

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Sam Cooke

Mais um que eu conheci pela lista, na verdade esse é o primeiro, mas sei que teremos outros. Então não tenho o que falar dele. Sobre a música, gostei muito. Não se pode dizer que alguma música dessa lista é ruim, a única coisa mesmo é se declarar insatisfeito com algumas posições e a falta de outras. A change is gonna come:

Vícios

Com toda a certeza todos temos. E não adianta tentar correr, dizer que não tem, porque todo mundo tem vícios. Até a nossa gramática tem, então apenas assuma o seu. Eu mesmo tenho vários, desde dos mais comuns como jogos, incluindo filmes, seriados e música, quem não gosta? E tem também o chocolate, talvez vocês indaguem que todos gostam disso, é verdade e só passa a ser vício quando nos faz falta. E essas coisas me fazem falta, todos os dias se fico sem assistir pelo menos um filme ou os seriados, ou até sem pegar na guitarra ou sem comer um chocolate, eu vou para cama e realmente não durmo bem. Tem pessoas que tem vícios prejudiciais como o cigarro, ou em apostas. Eu sou viciado em poker, tem dia que me perco jogando e esqueço do mundo, nunca joguei apostado e nem pretendo. Vício é algo que nos consome, toma nosso tempo e nossa vida. Eu nunca me incomodei com os vícios, eles sempre existiram e jamais irão morrer. O último homem terá os seus, assim como o primeiro os teve. Quando nos vemos devorados por essa droga e não conseguimos sair, e se saímos, queremos voltar, é que percebemos que a droga nos faz bem e mal. E então largamos de lado, o mal que nos faz e continuamos a ser consumidos. Pessoas param de beber, mas se vêem presas por um auto-controle e desejam apenas mais um gole (eu estou desejando um agora mesmo), pois aquilo que as matava, o desejo delas, é o que elas mais gostam, apenas um gole, talvez não faça mal, mas é o vício, ele não deixa que seja apenas um gole ou uma tragada, tem que ser todo, inteiro, nada por partes ou pouco, sempre muito. Deixem que os consumam, deixem que mandem em suas vidas, esqueçam e nem tentem correr, não há como se esconder. É como um coração, um olho, é um membro. Se quer fugir, sinta a dor da perda, sofra, chore, é a única maneira. Ou se entregue e se divirta e ainda assim, sofra e chore. Esse é o vício, e aquele velho ditado ruim com ele e pior sem ele, ou melhor, ruim sem ele e pior com ele.

Falo da minha geração

Eu sempre faço comentário antes das músicas, podem reparar que algumas vezes não envolvem tão completamente a música ou artistas, pois minha intenção não é falar sobre cada uma delas, mas motrar-lhes cada uma delas. Sou fã do The Who, música de verdade. Eles fazem um som que muito me agrada. E sem mais delongas, o título do post refere-se apenas a música, My Generation:

Das vontades e desejos

Eu sempre procurei deixar claro uma coisa para meus amigos, sobre minhas vontades, eu nunca fiz questão de controlar as minhas vontades. Sempre que desejava ou desejo, eu fazia e faço. Claro que é irreal. Afinal muitas vezes temos certas vontades que automaticamente controlamos, e digo das vontades pequenas, como beijar aquela pessoa que está acompanhada, ou então a vontade de gritar enquanto todos estão silenciados, tem também as vontades mais amargas e fortes, como matar, sim senhor, todos nós somos humanos e sombrios. Podemos rir, contar piadas, mas no fundo de nossas mentes escondemos o que pior conseguimos imaginar, e deixamos lá trancado a mil chaves. Algumas pessoas fazem questão de mostrar esses segredos, como Albert Fish que vemos como um monstro, provavelmente ele apenas se via como alguém normal que realizava seus desejos. Não pensem que sou alguma espécie de psicopata ou qualquer outro tipo. Mas sou do tipo que assiste a filmes como Subconscious Cruelty sem me espantar ou me aterrorizar com as cenas. Mas voltando aos desejos, procuro realizar todos os possíveis, e também alguns dos mais extravagantes. Só não entendo o porque de nos prender-mos a valores que não acreditamos, e aquela velha história de fazer o que nos convém e não o que queremos, ora essa, eu quero fazer o que eu quero. E não pensem que porque citei aquele senhor lá em cima que quero cometer as mesmas atrocidades. Mas quero fazer muitas coisas que as pessoas dizem ser imoral, impróprio, errado, etc. Penso eu que o errado é se acomodar e não se incomodar em manter em segredo os sentimentos e vontades. Além de hipócrita. Vejo pessoas loucas para transarem, terem sua primeira vez, mas se segurando pois alguém inventou que é errado antes do casamento, e essas pessoas, loucas por dentro, soltam hipócritas palavras “estou me guardando para o casamento”, se guardando uma banana, estão negando seus desejos. Que vão a puta que os pariu, principalmente esses mais velhos que pensam que nos enganam, apenas porque faziam tudo as escuras não quer dizer que não faziam. E ainda vem querer nos aconselhar, é o fim da picada. Que nos dêen conselhos, mas sem falsas moralidades, digam que é bom viver uma vida intensa e que façamos tudo o que bem enterder-mos, digam que treparam com várias mulheres antes de nossas mães e avós, que visitaram bordéis, e digam que foi bom, digam para trepar-mos muito também. Se vocês deixaram suas vontades escondidas por toda a vida, creio que se arrependem disso, então não nos digam para cometer os mesmos erros e viver uma vida sem graça. Saiam dos armários, firmem-se gays, lésbicas ou que der na telha. Consumam os seus desejos. Gostam de beber, que bebam. Gostam de fumar, fumem, mas façam-me o favor de estragarem apenas a vida de vocês. Façam besteiras, mas que prejudiquem apenas a vocês mesmos. Eu digo para realizaram suas vontades, mas vocês só têm o direito a uma vida que é a de vocês, então podem estragá-la, ou fazer o que bem entender, mas não deixem suas vontades largadas no fundo de um abismo. Vibrem, chorem, trepem, bebam. Faça o diabo que vocês quiserem. Vontades, desejos. Vocês podem tudo. Para aqueles que acreditam em deus, ele deu a vocês o livre arbítrio, abusem, mas como eu já disse, fodam apenas com a vida de vocês, se é isso que querem. Mas matem essa vontade.

E o nosso número Dez, é apaixonante. Um gênio da música, uma referência. Meus pais já foram a um show dele , queria era eu ter ido. Nossa o Ray é uma “coisa” a parte, fica até dificil fazer declarações sobre ele, um espetáculo. É fascinante eu poderia apenas deixar adjetivos virtuosos. Mas ele não merece apenas adjetivos, ele merece muito mais que isso, e já que não posso oferecer muito de mim a esse gigante nome, ficamos por aqui com What’d I Say:

Um pedido de desculpas

Sim um pedido de desculpas, por um erro que cometi em nossa lista das 500 melhores músicas de sempre. Já que chegamos a canção número Dez e na verdade temos apenas nove músicas no total da lista. Sem perceber pulei uma das músicas, e das mais importantes, e nem preciso dizer que o cantor também tem imensa importancia no mundo musical, todos que apareceram por aqui até agora tiveram uma mão influenciadora na música. Incrivelmente pulei o Marvin Gaye nosso número quatro, com a música What’s Going On (mais uma que deu trabalho para upar):

Ao som de Nirvana

E finalmente amigos, a minha música, que até um tempo atrás era minha favorita (comecei a admirar mais One da banda Metallica). Afinal os nossos gostos estão sempre mudando, nossas opiniões, nossa aparência. Todos estamos em constante mutação, alguns evoluem outros se tornam um terrível câncer. Voltando ao assunto, Nirvana é uma das minhas bandas favoritas, e Smells like team spirit, uma das melhores músicas que já ouvi; Kurt um dos melhores guitarristas, é uma banda pra ser amada. Finalmente consegui upar, estava me dando um trabalho, não sei porque, mas sempre que chegava no final do envio dava erro. Hora do som:

Um pouco de solidão

Sou rodeado de amigos, muitos até. E sou feliz por isso, é bem verdade. E entre esses amigos apenas um bom amigo visita o blog regularmente e até cobra as postagens, o engraçado é que nunca o conheci pessoalmente, outra verdade. Ter amigos é bom, ter muito amigos é muito bom, mas todos nós temos um sentimento de solidão, muitas vezes queremos apenas viajar, sozinhos e lá longe de onde nascemos, ou de onde moramos, continuar sozinho. Todos somos como um lobo solitário, em um deserto, ou qualquer outro lugar que ele esteja, apenas digo deserto pois o acho poético. Gostamos de estar ali sozinhos, nada nos faz falta. É provavél que sentiremos falta de nossos amigos, aqui incluo também a família, a falta de conversar com alguém. Mas estar sozinho sempre nos é tão confortante, tão relaxante, podemos apenas tirar a máscara e sermos aquilo que queremos ser, não que sejamos fingidos na frente de nossos amigos, mas todos sempre temos pensamentos e segredos que mais niguém conhece. E nesse momento de solidão podemos gritá-los, fazer com estrelas os escutem, nossos pensamentos mais perversos, e pervertidos, e insanos, e tudo o que um pensamento pode ser. Um momento de solidão é o que todos querem e precisam, no silêncio da noite, isolados em nossos quartos e perdidos nos pensamentos. Vamos tão longe que é difícil voltar, ou apenas não queremos voltar. E até quando caminhamos sem rumo e vemos estranhos, desconhecidos; sentamos em um banco de uma movimentada praça e nos sentimos sós, um momento de solidão tão estranho, tão peculiar, com tantos corpos se movimentando em nossa volta, e conseguimos ficar na imensa solidão que temos no fundo de nossas mentes. Muitos podem até não admitir, mas todos gostam de ficar sozinhos, não sempre, mas em muitos momentos. Não escrevo sobre a solidão porque quero ficar sozinho, mas porque gosto de ficar sozinho. E muitas vezes o faço, fico sozinho, canso de mim, e procuro amigos pra poder cansar deles, e então ter vontade de ficar sozinho novamente. E é um ciclo, que quando é quebrado, quando preciso de amigos e não os encontro ou quando estou querendo ficar sozinho e não consigo, este ciclo quando é quebrado nos irrita, e apenas nos prova que precisamos da solidão. É normal, é essencial, é necessário e confortante. E quero deixar claro, que não preciso de amigos apenas para não ficar sozinho, mas preciso de amigos pois os amo, e tudo que amamos nos é necessário.

Voltando ao normal

Caros amigos leitores, sinto muito minha prolongada ausência. Ausência essa de três dias, mas como já havia dito antes sou humano também. Aproveitei esse final de semana para me embriagar um pouco com vodca barata e dar uma descansada, algo que eu merecia e precisava a algum tempo. E no feriado assisti a agradáveis 14 horas de filmes. Uma animação não recomendada para crianças (Mary and Max), uma comédia espetacular a qual dou merecida atenção (Brüno), um excelente suspense (Um corpo que cai), por Neill Blomkamp uma maravilhosa ficção (Distrito 9) e a segunda trilogia de Star Wars (quase toda, não consegui terminar o último e assisti pela metade, o corpo não aguentou e adormeceu, hoje a noite eu termino). Uma pequena lista de filmes, que recomendo todos. Afinal foi um excelente final de semana.

Doe sangue, doe vida

Se aproxima do dia em que poderei doar sangue novamente. Então porque não aproveitar o blog e pedir por aqui que vocês também façam parte dessa campanha. Pessoal aquele papo de que não doe é verdade, doar não dói. Talvez um incomodo quando a agulha entra e quando ela sai, mas nada que assuste. Brincadeiras a parte a doação é sério e sempre tem alguém precisando. Seja voluntário, é rápido, não toma muito do seu tempo. Melhor do que eu falar é vocês visitarem o Espaço Cidadão no portal da Anvisa e ler mais alguns detalhes sobre a doação. É um pedido que eu faço em nome de alguns milhares que precisam e pensem bem, amanhã pode ser você precisando, por mais apelativa que seja essa frase eu não vejo melhor.
Doe sangue

 

Hey Jude!

Paul, John, George e Ringo:

Uma conversa entre nós

Primeiro desculpem a demora das postagens hoje, acho que em troca de minhas palavras sobre o tempo ele resolveu pregar-me uma peça e tirou-me alguns minutos a mais que sempre tenho. Estou com falta de assunto, estou ouvindo um pouco de Mettalica para dar uma relaxada, gostaria muito de falar sobre a banda, mas eles merecem uma dedicação especial. E hoje não é dia, ainda não. Pensando muito, me lembrei de outro blog de um bom escritor que também acompanho, o Paulo Coelho. Gosto dele, dos livros dele, li poucos, mas gosto. O Alquimista foi o primeiro livro dele que li, e vi o motivo de toda a repercussão do mesmo, merecida. Vou copiar e colar um pequeno texto do blog dele, um dos melhores que vi por lá a algum tempo já. Espero que os leitores não pensem que hoje estou apenas a encher linguiça, pois é o que estou fazendo. ” Nasrudin passa diante de uma gruta, vê um yogue meditando, e pergunta o que ele estava uscando.“Contemplo os animais, e aprendi deles muitas lições que podem transformar a vida de um homem”, diz o yogue. “Pois um peixe já salvou minha vida”, responde Nasrudin. “Se você me ensinar tudo o que sabe, eu lhe conto como foi”. O yogue espanta-se: só um santo pode ter a vida salva por um peixe. E resolve ensinar tudo que sabe. Quando termina, diz Nasrudin: “Agora que ensinei tudo, ficaria orgulhoso em saber como um peixe salvou sua vida”. “É simples”, responde Nasrudin. “Eu estava quase morrendo de fome quando o pesquei, e graças a ele pude sobreviver três dias”.” E finalizando com desculpas novamente, pois sei que essa postagem de hoje não é digna de vocês queridos leitores, mas espero também que compreendam que este que escreve não está com disposições suficientes para textos a altura dos leitores.

 

Vamos, vamos Johnny vamos

No número sete de nossa lista, um mestre. Todos conhecem o Rei do Rock, pois apresento o Pai do Rock, claro que nem todos concordam, e gosto disso. Chuck Berry deu os primeiros passos combinando blues com música country e usando diferentes solos com sua guitarra. Apesar das divergências sobre o princípio do Rock, como existem sobre o princípio do começo de tudo. Esse cara não só apresentou o som como também iniciou o estilo de vida, uma vida bem conturbada e inclusive foi algumas vezes preso. “É difícil pra mim apresentar Chuck Berry, porque eu copiei todos os acordes que ele já tocou!” disse Keith Richards sobre o Chuck Berry ao premiá-lo no Hall da Fama. Então com vocês Jhonny B.Goode:

Hoje um amigo me fez uma crítica a respeito do blog, é um lixo e perguntei porque ele achava um lixo e a resposta muito me animou caros amigos leitores, você escreve sobre músicas que são um lixo. Ora pois, pensei que minhas palavras eram tortas e minhas opiniões infelizes, mas ele apenas não gostara da música de ontem, claro que não iria gostar, muitos não gostariam, afinal é tudo questão de gosto. E ainda continuou com a critica, dizendo que eu deveria parar de dar minha opinião sobre esses assuntos. Espere um pouco, eu aqui escrevo justamente para dar minha opinião e meter o nariz onde bem entendo e ele quer que eu pare com isso? Então para que serve a opinião? Está aí para ser usada, e faço bom uso da minha, discordo de outras opiniões usandos minhas próprias, não que as opiniões alheias estejam erradas, apenas são diferentes das minhas, e todos nós fugimos do diferente, e digo fugir me referindo a algum modo de sobrepor a sua opinião sobre todas as outras, e não fugir de rodear e evitar um confronto, apesar de que seja esse o significado da palavra, novamente uma questão de opinião e assim dou o sentido que quiser a palavra, e neste momento muitos me acharão errado, mas quantas vezes não as confudimos e trocamos o seu significado sem querer? E assim querendo, mudo o sentido das minhas, mas fiquem calmos, pois sempre que mudá-lo direi a vocês qual novo significado dei. E como podem ver mais um texto com minha opinião. E me desculpem se fiz parecer que não ligo para a opinião de outros, me importo sim, e até mudo as minhas, muitas vezes por essa outra pessoa me convencer de seus pensamentos, e aí está outro uso das opiniões convencer, todos temos direito de opiniões e creio que todos temos o dever de exibir essa opinião. Essa palavra tema já foi repetida diversas vezes no texto não a toa e sim para enfatizar de forma exagerada a minha opinião sobre opiniões, e aquele amigo que me pediu para guardar as minhas opiniões comigo, pois que guarde as suas para si, pois ao que parece envergonha-se delas. E por falar em envergonha-se, mudar de opiniao não é motivo de vergonha e sim de humildade e admitir que a sua própria ou estava errada ou confusa ou incompleta ou apenas achou uma nova opinião melhor que a velha. E usando um clichê, coisa que amo e odeio mais tarde saberão porque ou não saberão, termino dizendo para cada um ser essa metamorfose ambulante e não ter aquela velha opinião formada sobre tudo.

No embalo de boas vibrações

E a número seis: Good Vibrations, dos Beach Boys. Mais uma banda que influenciou o mundo da música, o mundo do rock. The Beach Boys fizeram todo o tipo de som surf rock, sunshine pop, pop psicodélico, rock psicodélico, pop barroco, art rock. Uma banda de existência agitada, mudaram muitas vezes a formação assim como o estilo. Mas sempre fizeram sucesso. Tenho no meu celular o melhor album da banda Pet Sounds, opinião pessoal. E estou sempre escutando, e vamos a música da vez:

Dia Internacional da Animação

No dia 28 de outubro de 1892 Émile Reyaud realizou a primeira projeção do seu teatro óptico no Museu Grevin, em Paris e assim a primeira exibição pública de um desenho animado. Eu sou fã de animações e já pensava em falar algo respeito, só não imaginava que fosse por agora, no inicio de tudo isso aqui ainda. Várias cidades do país estão fazendo uma mostra com vários curtas. No site da ABCA (Associação Brasileira de Cinema de Animação) vocês podem ver onde terão exibições dessa mostra. Eu recomendo muito. Não vou pronlogar o post com palavras mas com vídeos, abaixo vocês podem ver o VT do evento e mais algumas animações que fazem parte da lista de exibição. E para quem gosta muito de animaçoes eu recomendo o Smelly Cat, o melhor blog brasileiro relacionado ao tema. Deixo o VT mais três vídeos, por ordem um brasileiro, um russo, e um português, o russo não tem falas, então não se preocupem se o russo de vocês está meio enferrujado. Desculpem se o blog hoje demorar a carregar devido aos vídeos.

Respect, Aretha Franklin

Ja deixo no titulo bem claro a próxima música da lista. Essa eu não tenho muito o que falar, a Aretha é um icone da música negra e prova por ter sido a primeira mulher a entrar no hall da fama do Rock and Roll. Assim como não tenho muito a falar, não é necessário mais aprensentações. E com o respeito de vocês,a Rainha do Soul, uma das melhores vozes que o mundo teve a oportunidade de ouvir, Aretha Franklin:

Um pouco de água

“Chove lá fora e aqui tá tanto frio”, um verso do Lobão revela sobre o que irei falar daqui para frente. Raios, ele vai falar de água? Devem estar pensando vocês. Sim, vou. Aqui hoje está uma chuva muito forte, espero que continue assim, dessa forma não trabalho. O fim de semana choveu muito também, e a chuva é tão poética e tamanha fonte de inspiração, que fica dificil não tropeçar em algumas palavras sobre ela. Posso colocar várias letras de músicas, poemas ou a descrição de tal, na palavra de algum bom escritor. Possibilidades de falar a respeito dessa musa diferente não me faltam o que me faltam são vírgulas nessa frase. Mas é verdade, quando chove dessa maneira, uma cama e um filme formam a mais perfeita das combinações, claro que ela também gera desampotamenos em compromissos marcados, que porventura não ocorrerão. Da mesma maneira que pequenos lavradores agradecem, ou sertanejos cansados da seca rezam por sua chegada, e visto assim parece um milagre, coisa aliás que não acredito: milagres, mas não esse o nosso assunto. Essa mesma fonte de esperança para uns, dá uma reviravolta tamanha que se transforma em um frio inferno, vira e mexe, destrói não somente casas, vidas ou o que mais ela consiga, vai mais além e transforma uma dádiva em um castigo da natureza. E essa musa inspiradora de poetas, torna-se musa de escritores onde os contos são de sofrimento e dor. Já pediu o Castro que as tempestades apagassem toda uma história negra, assim como o Fabiano pediu por uma gota dos céus, eis que algo tão simples como a chuva consegue ser tão fascinante e ser possível de tantas letras de algum escritor por ai.

Imagine

“Imagine não existir países, não é difícil de fazê-lo, nada pelo que lutar ou morrer, e nenhuma religião também…” John foi profundo e firme nessa letra, fez uma das melhores canções de todos os tempos. Eu ainda lembro de quando eu era mais novo, e ia até o trabalho de meu pai e eu ficava no computador mudando as skins do windows media player, vendo todas e sempre repetia e sempre mudava, eu ouvia sempre a mesma música Imagine. Marcada em minha história por algo tão irrelevante em uma vida, e marcada na história da música para sempre como algo tão grandioso que foi e é. E seguimos com a terceira música das 500 melhores.

Um tempo, por favor.

Tenho certeza que os leitores já leram muitos textos sobre esse assunto, tenho certeza que esse será mais um peixe no meio de um mar cheio deles. Mas claro nem por isso deve ser visto com desprezo ou indiferença ou qualquer sentimento que não vem a mente. O tempo é precioso, tempo é dinheiro, não tenho tempo agora e 5 minutos viram 5 segundos ou 1 minuto vira uma hora. E assim o tempo é relativo para todos. Como um professor meu me disse uma vez (não sei se são palavras dele, creio eu que não) se existisse um planeta orbitando a Proxima Centauri uma estrela a 4 anos-luz da terra e nesse planeta existisse um telescopio tão poderoso que o cientista olhando por ele fosse capaz de ver exatamente o que acontece em sua rua, e ele estivesse olhando agora mesmo estaria vendo uma imagem de 4 anos atrás o tempo que iria percorre para chegar lá (isso tudo só para dizer que o tempo é relativo?). Voltando ao assunto, isso é se ele existe, o tempo… acho que não saí da linha de pensamento ainda. Pois bem, falando de tempo e um bom exemplo são vocês leitores perdendo tempo com este texto aqui, é engraçado não? Ele é quase um monstro devorando nossas vidas não acham? Estamos sempre correndo e perdendo coisas e movimentos e cores ao nosso redor, e essa correria faz a vida passar tão depressa que quando damos conta, já passou e então continuamos com pressa, pois tudo passou tão rápido que não tivemos tempo para muita coisa. Então porque apenas não aproveitar, sem pressa, o tempo que temos. Acho que é só. Estou até conseguindo encher linguiça.

A número dois

E continuando com a sequencia da lista das 500 melhores de sempre (to ansioso pra chegar logo a minha favorita). Vamos hoje como umas das maiores bandas de todos os tempos e que tem umas das camisas mais bonitas. Os Rolling Stones, sem dúvidas uma banda das bandas mais importantes do cenário músical de 1960 (nossa muito velho mesmo). Mick Jagger e companhia já fizeram até uma turnê recentemente e todos vocês sabem disso, pra mim algo muito incrivel, anos de uma vida rock como a deles e na idade atual ainda restar um folego para um trabalho como esse, uau! Apesar de não serem mais os mesmos de antes, o tempo é malvado com todos, até o dia do Zé Mayer chegará.E lá vai o som.

Esse tal José

Não quero me prolongar nesse post, pois se eu deixar as palavras me levarem escreveria algo que para vocês terminarem de ler levarias horas. Quero falar de uma alguém que não conheço, nunca o vi, além de fotos e mais nada. Mas apesar disso é hoje quem considero o melhor escritor vivo, talvez seja cedo para que eu diga sobre seus livros, ate porque li apenas um e estou em meia leitura de outro. Esse português conseguiu prender toda minha atenção e me deixar envolvido em suas palavras, falo do José Saramago e seu primeiro livro que li foi o Ensaio sobre a Cegueira, também filme de direção do Meirelles (aliás ainda não tive a oportunidade de assisti-lo na verdade tive mas não pude, então isso é não ter). Estou lendo atualmente Ensaio sobre a Lucidez, e já tenho em meu quarto A viagem do elefante, e também já fiz o pedido de O ano da morte de Ricardo Reis e A Caverna. O Saramago escreve um blog O Caderno de Saramago, excelente por sinal, fiquei um tempo sem acompanhar, e pelo que sei suas últimas letras foram no inicio desse mesmo mês em que estamos, outubro senão não me falha a memória. ” eis que aparece a manter um blog onde se mete um pouco com toda a gente, atraindo sobre a sua pessoa polémicas e excomunhões vindas de muitos lados – mais frequentemente não por dizer coisas que não deve dizer mas porque não perde tempo a medir as palavras – e talvez o faça mesmo de propósito. ” em palavras de Humberto Eco, um trecho de um artigo dele sobre o Saramago, o qual comentou a respeito “Sou, neste momento, o mais grato dos escritores.” em procura achei o artigo aqui. Não tenho, infelizmente, esse dom ou capacidade (prefiro experiência) do Eco para unir palavras e fazê-las em frase a respeito do Saramago. Fico por aqui e recomendo a leitura de qualquer livro desse senhor que não conheço.

Algo para ouvir

Resolvi publicar todos os dias, por ordem, uma música de uma lista da revista rolling stones das 500 melhores músicas de todos os tempos, essa lista como todas, causa indignação com alguns resultados. Eu discordo de algumas e vocês também o farão. Pra quem não está afim de esperar por 500 posts (isso mesmo já tenho 500 postagens garantidas, algué mais tem esse nível de segurança?) durante 500 dias pra ouvir apenas uma por dia, é so ir no google e googlar atrás da lista, ou então acessar o site da Rolling Stones. E lá vai a primeira delas, uma do Bob Dylan para começar.

Um breve Olá

Hello World!

É essa a mensagem que aparece no primeiro post quando criamos um blog pelo wordpress. A fundo, é uma boa mensagem, mostra para que viemos, e estamos aqui para isso, para que o mundo nos conheça e nos escute. Ou será o contrário para conhecer-mos e escutar-mos o mundo. Bem existem dois tipos de pessoas “neah”? E não falo do passageiro e do motorista, até porque existem os cobradores (que também são passageiros, só que muito chatos, alguns contam piada bem). Falo das pessoas aventureiras, que experimentam a vida pelas ações, que vivem os momentos do agora, elas são aquelas que muitos de nós queremos ser, cores vivas e intensas, essas são elas. E existem as pessoas quietas, que apenas admiram a vida e a beleza da mesma, não que esse segundo grupo seja ruim, pois não é, é um bom grupo também, sem muito movimento, mas muitas idéias, sem os coloridos dos filmes de hoje, mas um preto e branco de filmes como Casablanca (pausa aqui, acabou o album de The Allman Brothers Band que eu estava ouvindo, hora de um pouco de Led).  Eu sei que o texto costuma ficar um pouco confuso, minhas idéias, apenas misturam-se e o que for surgindo na mente, os dedos batem no teclado, um bater sem dor, minhas professoras de redação, sempre dizima isso, o texto está bom (eu sei que não, apesar de gostar de escrever não significa que o faço bem) sua gramática não é das piores e nem reclamo da grafia Leo, mas suas idéias são desorganizadas. Eu sei que são, sempre foram e não consigo mudar, minha mente parece é um mar muito agitado. Bem acho que paro por aqui, só queria mesmo era me apresentar e também o blog. Sou Leo, 19 anos, de algum signo por aí, sou aluno (tentando ingressar no Superior, já viram que redação não é meu forte) e sou empregado de meu pai, então não sou lá um trabalhador, mas fique registrado que ocupo muitas horas do meu dia com esse emprego. Ficamos por isso, eu falando com vocês, 1 ou 3, talvez ninguém por agora, mas é como o estádio antes de um bom jogo, está vazio, as cadeiras vão sendo ocupadas aos poucos, mas segundos antes do apito inicial está cheio, e espero fazer isso por aqui, começando tudo do zero, e conseguir fazer encher. O blog por enquanto fica com um tema do próprio wordpress, pretendo mudar muito com relaçao a aparênica dele e por hora é só. Prazer.

Hello world!

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