“Não bastava criar o mundo; o deus aborígine Beeral também queria que ele fosse belo. Mandou então dois espíritos mensageiros de sua confiança, Yindingie e sua ajudante K’gari, transformarem a matéria-prima da criação em um paraíso. Fizeram um trabalho tão esplêndido que, ao terminar, K’gari desejou permanecer naquele lugar maravilhoso. Ela deitou-se nas águas cálidas de uma linda baía e adormeceu.
Enquanto ela dormia, Yindingie transformou o corpo dela numa longa e esguia ilha de areia cristalina, a maior ilha de areia do mundo. Vestiu-a com a mais luxuriante floresta pluvial, pintou sua pele macia e areada com um arco-íris e moldou uma cadeia de lagos, verdadeiras joias, para ser seus olhos a contemplar o céu. Encheu os ares de aves de cores vivas e, para que ela jamais se sentisse só, pôs na ilha uma tribo de aborígines: o povo Butchulla, que transmitiu aos descendentes a história da criação e em cuja língua K’gari passou a significar “paraíso”.”
Tanto essa introdução quanto as fotos a seguir foram retiradas do site da National Geographic Brasil. Foi uma matéria da edição 126, setembro de 2010. E fotos de Peter Essick. A ilha Fraser foi e ainda é inspiração para diversos artistas, entre pintores e escritores, motivo de encantos por suas belas paisagens e também de uma das primeiras grandes campanhas ambientalistas na década de setenta do povo australiano para por fim ao desmatamento e a exploração que a ilha sofria. O mais incrível na ilha, é que ela é uma ilha de areia, mais nada, e tudo cresce por lá sobre essa areia, que foi retida ao longo de anos (pensem em milhares e não em décadas). Uma ilha de areia com mais de 120 quilômetros de comprimento, 25 quilômetros de largura e dunas que sobem a 240 metros:
Mais fotos da ilha e matéria da NGBrasil podem ser conferidas aqui.