Há 2 anos eu resolvi ir em busca de um sonho. E há 2 anos comecei a perder as pessoas que amo, e infelizmente só percebi isso hoje. Hoje eu percebi os sacrifícios de estar longe de casa em busca de seus sonhos, e que sim, nada é de graça. Há 2 anos tenho perdido meus avós, meus pais, minha garota. Se a vida é feita de momentos, eu não estou tendo momento algum ao lado de quem eu amo e assim vou perdendo a todos. Eu tive a felicidade de ter 3 meses de férias em casa, ao lado de todos eles. Dentro desses meses visitei a minha vó algumas vezes, não muitas já que ela mora em um cidade vizinha a que cresci. Mas de todas, a última visita é a que tem quebrado o meu coração. Nessa última visita eu fiquei sabendo de alguns problemas de saúde de minha vó, e em uma conversa descontraída eu disse que se ela não melhorasse alguns hábitos ela não me veria formado. Pedi que ela mudasse e vivesse por mais 4 anos pra poder ver o neto dela formado, ela riu e disse que sim, espero poder lembrar do seu riso. Que iria estar lá comigo, muito feliz. Fui embora e disse que voltava na semana seguinte para me despedir antes de viajar, e não voltei. Coloquei obstáculos em fazer a viagem. Mas pensei que no meio do ano voltaria a vê-la e poderia recompensar. Pois é, a vida não te permite cometer erros, não te permite fazer promessas e não cumpri-las, e esperar compensar depois. E quantas promessas eu tenho feito e quebrado. Não me despedi de minha vó, quebrei a última promessa que havia feito a ela, e sei que em breve irei perder minhas lembranças com ela, assim como tenho perdido as que tenho de meu avô. Porque essa é a memória que tenho, e as coisas são apagadas como a chama de uma vela jogada em um rio. Hoje eu perdi minha avó, que me mostrou como ser feliz em momentos tão adversos, e que me deu um dos maiores presentes que já recebi, sabendo perdoar os piores erros cometidos, e que ensinou a minha mãe essa atitude, e com quem aprendi esse gesto dos mais difíceis da vida. Hoje minha vó faleceu e eu estou a mais de 1500 km de casa, e não estou ao lado de minha mãe como estive ao lado de meu pai no dia que meu avô faleceu. E hoje me machuca não poder consolar minha mãe, e me machuca não ser consolado. Hoje não perdi apenas a minha vó, hoje perdi muito mais. É o único destino que nos une a tudo o que há no universo, porque ate as estrelas morrem.
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O dia em que perdi minha avó
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Fim
Posted in Texto Livre on sexta-feira dezembro| 1 Comment »
Miedo
Posted in Música, Poema, Texto Livre on quinta-feira dezembro| Leave a Comment »
Tienen miedo del amor y no saber amar
Tienen miedo de la sombra y miedo de la luz
Tienen miedo de pedir y miedo de callar
Miedo que da miedo del miedo que da
Tienen miedo de subir y miedo de bajar
Tienen miedo de la noche y miedo del azul
Tienen miedo de escupir y miedo de aguantar
Miedo que da miedo del miedo que da
El miedo es una sombra que el temor no esquiva
El miedo es una trampa que atrapó al amor
El miedo es la palanca que apagó la vida
El miedo es una grieta que agrandó el dolor
Tenho medo de gente e de solidão
Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá
Tenho medo de acender e medo de apagar
Tenho medo de esperar e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá
O medo é uma linha que separa o mundo
O medo é uma casa aonde ninguém vai
O medo é como um laço que se aperta em nós
O medo é uma força que não me deixa andar
Tienen miedo de reir y miedo de llorar
Tienen miedo de encontrarse y miedo de no ser
Tienen miedo de decir y miedo de escuchar
Miedo que da miedo del miedo que da
Tenho medo de parar e medo de avançar
Tenho medo de amarrar e medo de quebrar
Tenho medo de exigir e medo de deixar
Medo que dá medo do medo que dá
O medo é uma sombra que o temor não desvia
O medo é uma armadilha que pegou o amor
O medo é uma chave, que apagou a vida
O medo é uma brecha que fez crescer a dor
El miedo es una raya que separa el mundo
El miedo es una casa donde nadie va
El miedo es como un lazo que se apierta en nudo
El miedo es una fuerza que me impide andar
Medo de olhar no fundo
Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha
Medo de se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo
Medo estampado na cara ou escondido no porão
O medo circulando nas veias
Ou em rota de colisão
O medo é do Deus ou do demo
É ordem ou é confusão
O medo é medonho, o medo domina
O medo é a medida da indecisão
Medo de fechar a cara
Medo de encarar
Medo de calar a boca
Medo de escutar
Medo de passar a perna
Medo de cair
Medo de fazer de conta
Medo de dormir
Medo de se arrepender
Medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez
Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo… que dá medo do medo que dá
Medo… que dá medo do medo que dá
Composição: Pedro Guerra/Lenine/Robney Assis
Miedo
Posted in Música, Texto Livre on quinta-feira dezembro| Leave a Comment »
Nunca mais joguei nenhuma música por aqui. A lista anda parada. Eu estou meio parado com a música, estou parado com os livros, estou parado com muitas coisas. Mas estou bem com as mais importantes, estou muito bem. Pra tentar voltar com o som por aqui, minha musa novamente [Julieta Venegas], cantando ao lado de nosso grande Lenine.
Uma última carta
Posted in Texto Livre on segunda-feira dezembro| Leave a Comment »
Meu pequeno anjo,
Estou trise, sabe? Talvez até chorando enquanto escrevo. Você deve estar se perguntando porque eu estou escrevendo, afinal você está tão perto. Você voltou. Eu ainda guardo as cartas que você me escreveu, e quando leio a primeira delas, e vejo você dizendo que está com saudades e me ama muito, eu choro mais ainda. E que bobo sou eu, escrevendo uma carta sendo que posso apenas falar com você, mas você apenas não me escuta mais, não me olha nos olhos, você entende?
Eu estou te escrevendo pois descobri que você só me ama por cartas, então, aqui está mais uma, a última. Em todas as suas cartas, quando você estava longe, você sempre dizia que me amava e me fez acreditar nesse amor. Mas entenda bem, eu não te amo. Sério, o que sinto não é amor, eu amo meus pais, meus irmãos, amigos, mas não você, e sei que você jamais entenderia, afinal o que sinto é maior que isso, bem maior que amor. Um sentimento que não tem começo e nem fim, não tem explicação, é puro, apenas existe. E sei também que você não sente o mesmo, não chega nem perto, nem sei se o que você sente por mim é amor. Desde que você chegou nunca me disse “eu te amo”, quando me viu depois de tantos meses longe, não ficou alegre, não esboçou felicidade, apenas apareceu normal, como se nunca tivesse ido embora, como se eu nunca tivesse derramado uma única lágrima de saudade. Me machuca até hoje, e acho que vai machucar sempre.
Eu estou realmente triste, essa é minha última carta por um bom motivo, depois que descobri que você só é capaz de me amar pela distância resolvi viajar, fazer uma viagem longa, o mais distante que um homem pode ir, é certo que eu não volte. Eu espero que quando te entregar a carta pessoalmente, ao menos dessa vez você me olhe nos olhos, eu ainda quero acreditar que você me ama, eu quero.
Adeus. Só posso dizer que te amo, afinal não criaram verbo ou qualquer palavra para o que sinto.
Night and Day
Posted in Texto Livre on sexta-feira dezembro| Leave a Comment »
– Eu poderia ficar aqui para sempre.
– Aqui? Onde?
– Aqui abraçado com você. Não consigo ser tão feliz em nenhum outro lugar.
– Você iria cansar logo.
– Jamais.
– Sério que você me ama tanto assim?
– Você dúvida? Se você dúvida, é porque não estou te amando o suficiente.
– Não! Eu não duvido, mas é díficil. Isso é demais para mim. Eu apenas tenho medo.
– Medo de mim? Ou medo de quê?
– Medo de você… me abandonar. Tenho muito medo.
– Eu deveria rir agora. Eu nunca vou te deixar. Estarei sempre aqui, do seu lado. Não se preocupe com isso, eu te amo demais, eu não consegueria te deixar, nunca.
– Promete?
– Não preciso.
– Então promete.
– Prometo. Estarei sempre aqui. Para amar e honrar, defender e proteger, desde o sol até a lua, de amanhã até amanhã.
– Não sãos suas palavras.
– Claro que são.
– Mentiroso, são do filme.
– Fiz delas minhas. Ei, acho que estou cansando.
– De mim?
– Não. De ficar aqui em pé. Vamos nos deitar um pouco.
– Te amo de agora até sempre.
– Eu sei. Nunca duvidei.
– Nem eu
Silent
Posted in Texto Livre, tagged paulo coelho, silêncio on quarta-feira novembro| Leave a Comment »
“Quando estamos quietos, nos damos conta de que alguém (ou alguma coisa) está procurando nos ensinar. Sempre que conseguimos parar nosso diálogo interior, algo de extraordinário termina acontecendo em nossas vidas. Descobrimos coisas que jamais pensamos conscientemente, mas que estão ali, prontas para nos ajudar. Entretanto, o difícil mesmo é conseguir atingir este silêncio – nossa cabeça vive ocupada com músicas, listas, coisas para fazer, preocupações, notícias de jornais, cálculos matemáticos sobre nossas possibilidades financeiras. Se conseguirmos deter este fluxo inútil de reflexões que não nos conduzem a lugar nenhum, tudo passa a ser possível.“
Li no blog do Paulo Coelho. Estou com a cabeça cheia dessas inutilidades, por isso sumi um pouco.
Ilha Fraser, o paraíso aborígene
Posted in Informação, Texto Livre, tagged aborígenes, Austrália, ilha, lenda, National Geographic, natureza, patrimônio da humanidade on sexta-feira outubro| Leave a Comment »
“Não bastava criar o mundo; o deus aborígine Beeral também queria que ele fosse belo. Mandou então dois espíritos mensageiros de sua confiança, Yindingie e sua ajudante K’gari, transformarem a matéria-prima da criação em um paraíso. Fizeram um trabalho tão esplêndido que, ao terminar, K’gari desejou permanecer naquele lugar maravilhoso. Ela deitou-se nas águas cálidas de uma linda baía e adormeceu.
Enquanto ela dormia, Yindingie transformou o corpo dela numa longa e esguia ilha de areia cristalina, a maior ilha de areia do mundo. Vestiu-a com a mais luxuriante floresta pluvial, pintou sua pele macia e areada com um arco-íris e moldou uma cadeia de lagos, verdadeiras joias, para ser seus olhos a contemplar o céu. Encheu os ares de aves de cores vivas e, para que ela jamais se sentisse só, pôs na ilha uma tribo de aborígines: o povo Butchulla, que transmitiu aos descendentes a história da criação e em cuja língua K’gari passou a significar “paraíso”.”
Tanto essa introdução quanto as fotos a seguir foram retiradas do site da National Geographic Brasil. Foi uma matéria da edição 126, setembro de 2010. E fotos de Peter Essick. A ilha Fraser foi e ainda é inspiração para diversos artistas, entre pintores e escritores, motivo de encantos por suas belas paisagens e também de uma das primeiras grandes campanhas ambientalistas na década de setenta do povo australiano para por fim ao desmatamento e a exploração que a ilha sofria. O mais incrível na ilha, é que ela é uma ilha de areia, mais nada, e tudo cresce por lá sobre essa areia, que foi retida ao longo de anos (pensem em milhares e não em décadas). Uma ilha de areia com mais de 120 quilômetros de comprimento, 25 quilômetros de largura e dunas que sobem a 240 metros:
Mais fotos da ilha e matéria da NGBrasil podem ser conferidas aqui.
Um dos diálogos
Posted in Prosa, Texto Livre, tagged diálogo on quarta-feira outubro| Leave a Comment »
– Eu durmo de sapatos porque tenho sonambulismo.
– O quê?
– Eu durmo de sapatos…
– Eu entendi. Sério?
– Sim.
– Nossa. E… por que você está rindo?
– Você é tão bobo e ingênuo. Acredita em tudo.
– Então você não dorme de sapatos?
– Não e nem tenho sonambulismo.
– Você é engraçada.
– E por quê?
– Por nada.
– Tem que ter um motivo você não acha?
– Olhe. Berinjelas. Quem come berinjelas? Você come?
– Eu não. Por que eu sou engraçada?
– Porque é. Vou pegar uns tomates. Quero fazer um Gaspacho hoje.
– Eu não quero. Pegue batatas, quero comer batatas grelhadas.
– Você já reparou, que em tudo você é oposição?
– Eu quero que você me diga o porquê eu sou engraçada.
– Você ainda está com isso na cabeça? Pense que qualquer coisa que eu falar agora é só para você ficar quieta Ana.
– Você está me irritando. Não vou mais te ajudar com sua feira. Gaspacho? Quem faz isso?
– Tudo bem. Pode ir embora. Ainda vamos ao cinema hoje?
– Que tal você ir sozinho? Muito me agradaria.
– Tudo bem.
– Eu estou tentando discutir com você e você diz tudo bem. E eu sou a engraçada?
– Eu sou o bobo. Você lembra Ana?
– Nem sei o que faço aqui. Só te conheço a cinco semanas. E já estou te ajudando com a feira.
– A vida é engraçada Ana.
– Ou eu sou engraçada?
– Não fique tão estressada.
– Sou engraçada e estressada? Você me estressa John.
– Meu nome é João. E não John.
– John é mais bonito.
– Eu gosto de João.
– Você se irrita quando te chamo de John? Estou te irritando John?
– Não. Só que gosto mais de João, mas pode me chamar de John.
– Você não se irrita com nada mesmo. Eu vou embora, porque em oposição, como você disse, eu me estresso.
– Tudo bem. Até mais Ana.
– Você vai que horas?
– Vou?
– Me buscar seu bobo.
– Eu pensei… Eu chego às oito. Pegamos a sessão das nove. Tudo bem?
– Tudo. Até mais.
– Ao menos um beijo Ana?
– De noite vemos isso.
– Você é engraçada Ana.
Os homens que encaravam cabras
Posted in Cinema, Texto Livre, tagged Cinema, filme, homenagem, homens que encaravam cabras on domingo outubro| Leave a Comment »
Mãe Terra, você é o meu sistema
de suporte de vida…
Como um soldado devo beber
sua água azul,
viver em seu ecossistema
e comer a sua pele verde.
Ajude-me a encontrar meu equilíbrio…
como você equilibra a
Terra, o mar e o ambiente.
Ajude-me a abrir meu coração…
sabendo que o universo o
alimentará.
Rezo para que minhas botas
sempre beijem o seu rosto…
e que meus passos unam-se a
seus batimentos cardíacos.
Cure meu corpo através
do tempo e do espaço.
Você é a minha conexão com
o universo e tudo o que vem após,
e eu sou seu e você é minha.
Eu saúdo você.
Calvin and Hobbes
Posted in Imagem, Texto Livre, tagged calvin e haroldo, diversão, quadrinhos, tiras on quinta-feira setembro| Leave a Comment »
Eu tenho um amor imenso por esse personagem, um sim, não podemos separar Calvin e Haroldo, é impossível. O meu personagem favorito, e sua complexidade vai além da velha frase “um garoto hiperativo e seu tigre”. E esqueçam também o “tigre de pelúcia que ganha vida na mente do menino”. É muito maior que isso. Eu não trataria o tigre que só o menino vê, mas sim o tigre que os outros não conseguem ver. Eu sou ruim com as palavras, e tentar explicar Calvin e Haroldo, me parece tarefa árdua e impossível, separei alguns quadrinhos, não pensem que separei pelos melhores ou pelos que eu mais gosto, não consigo gostar mais de um ou de outro. Abaixo terão tiras avulsas que tentam representar bem os dois, coloridas maiores e sequenciais que formam pequenas histórias. Bon Appétit [pra quem resolver ver muito mais o Depósito do Calvin é o melhor e mais dedicado blog do Brasil, uma pena estar um pouco parado, mas o arquivo é muito valioso]:
Essas próximas são maiores ou então são as sequenciais que arrumei tudo em uma imagem só, ficaram maiores do que o espaço aqui então é só clicar em cada uma pra ver inteira e ampliar com a lupa. Vale muito a pena.
Vou finalizar com essa incrível e emocionante história, se não clicaram nas anteriores, ao menos essa aqui é obrigação.
Pequenos comentários
Posted in Texto Livre, tagged colégio, coreografia, critica, sete pecados, teatro on quinta-feira setembro| Leave a Comment »
Ontem fui ao teatro, e assisti a uma apresentação de um colégio aqui da cidade [que início ruim, mas nunca sei começar essas críticas] . Antes de mais nada, retirem qualquer forma de preconceito da cabeça de vocês, “colégio é?” “amadores?”, sim senhores amadores, mas não significa que fizeram um trabalho ruim, e até pelo contrário, fizeram um trabalho fascinante. Todos sabem como funcionam apresentações de colégio, além de muito barulho, cada turma faz sua parte no palco. O tema “Sete Pecados”, muito bem escolhido, com prazerosas e inúmeras possibilidades de trabalho. Nesse momento tento me lembrar da ordem exata, e peço desculpas caso infortunamente eu me perca. O primeiro pecado apresentado foi a Gula, com duas coreografias. A primeira parte, acabou sendo fraca, mas não por culpa das crianças, e sim por culpa do[a] coreógrafo[a] responsável por eles, trabalhar com crianças é fácil, eu trabalhei diversas vezes, mas ontem a noite vi crianças perdidas e colocadas no palco de tal modo que as que estavam atrás, por pouco não saiam de cena. Na segunda parte, com uma música hardcore do “The Flanders” banda que muito me agrada, tiveram uma apresentação muito boa, se eu desse estrelas por aqui esses meninos receberiam três estrelas. Já estou percebendo que esse post será longo. Paciência. Na sequência [na minha cabeça] apresentaram o Orgulho, e devo dizer que fiquei fascinado com a ilucidez em certos momentos, souberam aproveitar duas bailarinas da turma e com alguns passos básicos deixaram a apresentação muito bonita, teriam recebido cinco estrelas minhas caso tivessem parado antes de gritarem “olé”, desse momento em diante caíram de produção, então quatro estrelas, fiquei admirado com o momento em que fizeram o público participar. A terceira apresentação [ou foi segunda ou quarta, memória muito ruim mesmo] foi a Preguiça, o pessoal trabalhou bem o tema, nem tenho muito o que dizer, fizeram o feijão com arroz, exageraram um pouco no final, quando saíram do tema Preguiça para o tema Sonhos, ficam com três estrelas também [falei pouco, mas tenho que economizar palavras, está ficando muito grande mesmo]. E chegando a apresentação do pessoal do Ensino Médio, aqui sempre a parte mais esperada, são mais maduros [e nesse momento, podemos chamar essa turma de ensino médio]. E a primeira coreografia desse momento, nos diz o contrário, foram regulares, não souberam explorar bem os itens da Avareza, foram simples do jeito que não se deve ser, no final ao citar Collor e a poupança do povo, eles riram de um personagem em cena, a meu ver, riram do povo, a Wall Street seria uma citação melhor. Na terça, comentei com minha amiga [a que me convidou para ir] que alguns erros são aceitáveis, afinal são crianças, outros erros não são, e essa turma não foi bem, foram muito basicões , então duas estrelas e beijo. Logo em seguida foram os verdinhos, com a Inveja, usaram muito bem os símbolos, tanto a cor quanto o banho de folhas para afastar o mau-olhado. Eu realmente gostei desse pessoal, mas pecaram em alguns pontos, como a exaustiva repetição de muitos itens, sinto se dou três estrelas, mas pensem bem, crítico não para que fiquem tristes e pensem que nunca mais farão isso novamente, crítico para que leiam, façam um meio-riso na boca e pensem “na próxima serei melhor”. A penúltima apresentação, e minha favorita da noite, foi a Ira, exploraram muito bem o pecado, colocaram objetos em cena, como a rosa, de maneira inteligente, usaram bem as cores, e mostraram muito bem o lado fera que a ira nos transforma, o único cinco estrelas da noite. A noite é finalizada com a turma do último ano, experientes, maduros, prontos para a vida acadêmica, o momento mais esperado, e… e nada espetacular. Foram muito bem, sério muito bem mesmo, só que, como eu disse, último ano, eu esperava sair com os olhos mareados, por um perfeita obra. Mas pecaram com a Luxúria, imaginaram que cuecas e lingeries com a cor da pele dançando seria suficiente se acompanhados com vestidos curtos. Pessoal uma freira, com uma bata da sola do pé ao céu da cabeça pode ser sensual e remeter a luxúria. Vocês poderiam ter ido muito mais além, poderiam ter sido [poderiam ter sido, me parece tão errado, mas fica assim mesmo], poderiam ter sido mais ousados. A luxúria, o melhor dos pecados, não pode ser representada apenas por tentativas frustradas de danças sensuais, vai mais além, na atitude. Não se aborreçam com meus comentários, pois ainda acho que foram bem, verdade que se tivessem usado melhor a figura do Diabo, teriam sido melhores, e ficam com quatro estrelas minhas. Eu ia entrar em mais detalhes sobre a falta de educação das pessoas, que insistiam em me incomodar a todo momento levantando e andando de um lado para o outro, e sobre não ter gostado dos dois apresentadores, nenhum pouco carismáticos, deslocados da situação, ou falar que o som estava desnecessariamente altíssimo, sabendo que o teatro é um local fechado e com uma boa acústica. Os alunos foram fantásticos, a coordenação e os professores, podem e precisam melhorar nesses eventos. No final, eu amei tudo, foi fantástico, parabéns a todos.
Diálogos
Posted in Literatura, Texto Livre, tagged bill waterson, calvin e haroldo, quadrinhos, tirinhas on terça-feira setembro| Leave a Comment »
Calvin: “Haroldo, o que você acha que acontece quando a gente morre?”
Haroldo: “Eu acho que a gente fica tocando saxofone num cabaré só pra mulheres em New Orleans.”
Calvin: “Então você acredita em paraíso?”
Haroldo: “Chame do que você quiser.”
Tomates verdes fritos
Posted in Cinema, Texto Livre, tagged Cinema, homenagem, tomates verdes fritos on domingo setembro| Leave a Comment »
“Era uma vez…havia um lago.
Ele ficava nesta cidade.
Nós costumávamos pescar, nadar
e navegar nele.
E…em um novembro,
um grande bando de patos…
veio e pousou nesse lago, e…
e então a temperatura caiu tão
depressa que o lago…congelou de imediato…e…
os patos, eles…
voaram e levantaram o lago com eles.
E agora…dizem que esse lago está em
algum lugar da Geórgia.
Imagine só.”
Maximus e minimus
Posted in Texto Livre, tagged ópera, cia. brasileira de ópera, espetáculo, John Neschling, samba, semana, show on segunda-feira setembro| 2 Comments »
Faltei por aqui esse fim de semana, mas por um motivo, uma viagem até Salvador. A viagem por um motivo melhor ainda. O ponto alto da minha semana, maximus. “O Barbeiro de Sevilha”, primeira ópera da Cia. Brasileira de Ópera. Foi fantástica, desde a interação dos atores com a animação que rodava no telão ao fundo [que eu já esperava], foi cômico ver personagens tão caricaturados, eu não imaginava que uma atriz pudesse andar mexendo os quadris como se fosse um desenho animado. Ou ver os atores fazendo exatamente gestos que só vemos em desenhos. E por falar nos atores todos fantásticos. O melhor espetáculo que já vi. Então palmas e diversos bravos para o maestro John Neschling, maior responsável por tudo. Eu assisti a apresentação do sábado no Teatro Castro Alves, e cheguei um minuto atrasado [resultado de uma viagem cansativa] e já havia começado, fiquei extasiado com a pontualidade, algo que não tenho visto em minha terra natal.
Mudando de parágrafo [coisa que não tenho o costume de fazer aqui], o meu minimus da semana aconteceu um dia antes, quando fui assistir ao show de Lane Quinto. E com minha maior sinceridade, não sei quem a senhorita Quinto pensa que é para tratar o público com o imenso desrespeito e nos fazer esperar por mais de setenta minutos, para uma apresentação apenas razoável. Pois em nenhum momento presenciei nada foram do simples comum, uma cantora com a mesmice de outras milhões que vivem no anonimato [cantoras de chuveiro]. E gostaria de dizer também que o samba, cara senhorita Lane, é muito maior que dois passos e um pulinho para frente. É necessário galgar mais alguns degraus para poder cantar Cartola ou Noel. O voluptuoso decote de sua back vocal chamou mais minha atenção que a voz da protagonista. A banda estava boa apesar de alguns momentos desarmônicos. Saí inclusive antes do fim, pois já havia perdido minha paciência em esperar por mais de uma hora o inicio do show.
Das brigas
Posted in Prosa, Texto Livre, tagged diálogo, separação, texto on sexta-feira setembro| 2 Comments »
Ela pegou o celular e jogou na parede com toda a força que tinha e mais um pouco. Ele perdeu o celular.
– Precisava disso? Acho que não era necessário.
– Tinha um foto dela. Dela! E não uma minha.
– Você não estava lá no momento. [Ela lançou um olhar de fúria como se desejasse que naquele momento Eduardo ardesse em vermelhas chamas]
– Como você ainda consegue fazer piadinhas? Você é um monstro!
– Ana… [ele calou-se, realmente não tinha nada para dizer]
– O quê? Vai negar? Você é um trapo. Não quero te ver nunca mais.
– Eu não queria que essa conversa acontecesse assim.
– Essas conversas serão sempre assim. Você fazendo piadas, enquanto me vê chorar. Você é um estúpido.
– Cale-se Ana. Eu estou tentando manter a calma, não quero discutir.
– Me calar?! Quem você pensa que é. Você me traiu, comprou presente para ela no dia do nosso aniversário. Você é desumano. Eduardo não tente consertar nada. Nem arranjar explicações. Não existem explicações.
– Por favor. Eu não quero sair assim. Não quero que acaba desse jeito.
– Quer acabar como? Você quer que eu te perdoe? Você quer que eu aceite tudo rindo como uma palhaça? Você quer me ver sendo a boba da corte? Canalha!
– Não grite tanto. E nem ofenda tanto.
– Qualquer ofensa que eu lhe dirija é pouco para o que você é. Quinze anos Eduardo, não são quinze semanas. Você nunca se importou comigo mesmo. Casou-se nem sei porque.
– Ana! A culpa é sua Ana. Será que não percebe que você estragou tudo? Você é responsável por tudo isso. Você não me deixou mais viver, era tudo para você e por você. Aquilo não era vida.
– E por que não foi embora? Seu canalha. Você poderia simplesmente ter ido embora. Mas você quis me trair antes. Não existem desculpas. Você não está nem arrependido.
– Ana eu não queria ir embora para não te ver sofrer.
– Eu sofrer com sua ausência? Quem você é? Um rei? O Papa? Por mim você que se foda Eduardo. Se foda! Saia logo. Eu não quero mais conversar.
– Não faça isso. Eu te…
– Me ama? Me ama?! Nem ouse seu imbecil. Já não basta como estou?
– Então eu vou embora. Amanhã peço ao Pedro para buscar minhas roupas.
– Não se preocupe com isso.
Ana levantou foi até o quarto, abriu as portas do guarda-roupa, abriu a janela. E jogou tudo o que podia pela janela do sétimo andar. Tentou jogar mais, ele não deixou. A abraçou. Ela chorou. Ainda o amava. Ele não suportava mais aquele sofrimento.
– Então vou abandonar ela. Quero ficar aqui com você Ana.
Ela afastou-se de Eduardo. O encarou e acertou um tapa, com toda a raiva que tinha.
– Não tente fazer isso. Vá embora agora. Vai embora!
Ele não entendeu. Apenas levantou e fechou a porta que ficou para trás.
– Canalha, canalha. Como ainda ousou querer voltar. [Ana deitou e chorou aquela noite, e a noite seguinte.]
O Sol nascia. O relógio não marcava seis ainda. Ela já estava acordada. Sentia-se leve, aliviada. Esboçou um sorriso, mas logo desistiu. Sabia que agora tinha uma vida nova e muita coisa para fazer. A primeira. fez ali no quarto. De joãozinho na cabeça, Ana começou o primeiro dia, daquela nova mudança.
Republicação
Posted in Poema, Texto Livre, tagged poema, republicação, versos on quarta-feira setembro| Leave a Comment »
Entendam bem, não é falta de criatividade e nem preguiça. Mas é que, eu gosto de pegar esses textos mais antigos e repostar. Mas apenas os que eu gosto, esse mesmo foi o primeiro poema que lancei direto no blog, e até hoje é o poema que mais gosto. Depois que trouxe do outro blog para cá o conto de vampiro, resolvi trazer do passado esse poema. Engraçado que logo eu, que digo sempre que o lugar do passado é lá atrás, e devemos viver apenas o agora, trazer esse enterrado para cá, felizmente tenho uma boa desculpa, as palavras são eternas [super clichê agora]. Versos mudos:
E tiro da solidão alguns poucos versos
Talvez versos tristes
Talvez apenas sozinhos
Ás vezes nem versos são
Ás vezes também nem rima tem
E as rimas choram
E por dentro o coração sente
E por fora os olhos mostram
E tudo é tão estranho
Tão diferente
Tudo muda
Então mudo eu
Mudo fico
E a solidão que anestesia
Faz doer
Faz chorar
E então me acostumo
Não se caem lágrimas
Não se abrem lábios
Não se mostram risos
E fico mudo de novo
Não falo
Escrevo
Com sentimento
Sem sentimento
Consetimento para escrever
Para me mostrar em versos
Eu versus eu
E então não escrevo mais nada
Pequena conversa
Posted in Texto Livre, tagged amor, diálogo, texto on sábado setembro| Leave a Comment »
– Amigo, está com cara de bobo.
– Sinto mas não posso evitar. Você sabe.
– O que sei é que não passas de um covarde. Vai lá e diga a ela. Se não for, vou eu e me declaro. Tenho certeza que se enamoraria por mim.
– Você jamais faria isso.
– Tem certeza? Já não consigo te ver assim, bobo e deprimido. Um completo estúpido. Ainda não sei como consegue se apaixonar tantas vezes. E em todas elas ficar calado.
– Pois você não sabe o quanto dói. Já não consigo fazer mais nada. Apenas deitar e imaginar. Consigo tocá-la e beijar-te a boca. Começo a despir cada peça que está usando, e a admiro, jamais a possuo, não me pertence. Me levanto e vou tomar um banho, me sinto imundo a cada manhã que acordo, me sinto cansado por cada madrugada que perco acordado. Me sinto mais que estúpido por ter tanto medo.
– Ainda bem que sabes. Que estúpido é pouco.
– Você não ajuda muito.
– Acho que ajudo até demais.
– Estou enlouquecendo já. Meu tempo parou. Meu Sol já não nasce, e a lua é eterna. Junto com a noite.
– Então agora queres ficar louco? Fica de uma vez por todas.
– Você sempre gostou dos loucos.
– Os loucos são sábios, que entenderam a vida e conseguiram fugir da realidade.
– Não sei quem é mais deprimente eu apaixonado ou você desacreditado de tudo.
– Com certeza você. Eu ainda continuo a viver.
– Vivendo sem amor amigo. Sem amor não é vida. Você apenas existe e ocupa um lugar que não mais te pertence.
– Mas nem você vive com amor.
– Como não?
– Quer me dizer que a cada ano ama uma diferente? Isso não passa de paixão, e das mais vagabundas.
– Agora me ofende?
– Desculpe não foi minha intenção.
– Sem problemas, também já não ligo para essas suas palavras. Você nunca amou, não sabe o que é.
– Nem preciso. Posso ler em sua face. E acho estúpido, já disse. Prefiro ser racional do que um parvo.
– Você é pior do que eu. E acha que é melhor?
– Não acho, mas sei que pior não sou.
– Você ainda tem aquele álbum de fotografias?
– Qual deles? Tenho tantos.
– O álbum que ela aparece.
– Ha! Sim. Engraçado, procurei esses dias, me lembrei de um moço muito bonito do álbum, e tive a impressão que o vi a passear na orla semana passada.
– E?
– O álbum? Não achei. Nunca perdi nenhum. Mas esse não tenho a menor idéia.
– E o estúpido sou eu?
– Oras! Desse jeito terminamos a conversa aqui.
– Você me ofendeu por duas vezes, e se incomoda com um simples sarcasmo?
– Sarcasmo?
– Você é que está sendo agora.
– Não posso evitar, sabes que me divirto.
– Sabe que eu não te entendo.
– E nem eu a ti.
– Não sei como conseguimos ser tão bons amigos.
– Nem sei quando começamos a ser. O importante é que somos.
– Nunca te disse, mas te amo.
– Nunca precisou dizer.
– E tu?
– O que tenho?
– Não vai dizer nada?
– Nem pretendo.
– Às vezes você consegue ser bem insensível. Sabe, acho que vou falar com ela.
– Finalmente um pouco de coragem nesses ossos.
– Nem sei como começo. De uma coisa você tem razão, sou um covarde.
– Esqueça aquilo parvo. E apenes comece, pois tudo acontecerá.
– Sabe que a primeira vez que eu ouvi parvo, imaginei que fosse um elogio.
– Muito me diverte.
– Então. Tenho que ir.
– Boa sorte.
Comunique-se
Posted in Texto Livre, tagged comunicação on quarta-feira setembro| Leave a Comment »
Use a internet, crie um blog, escreva. Informe e informe-se. Envie carta, escreva. Fale, grite. Atue, minta ou diga a verdade, crie. Expresse-se. Não importa, mas comunique-se. Vivemos num momento unico para a comunicaçao, vivemos em um mundo onde tudo e todos estao conectados. Nunca foi tao facil noticiar ou ser noticiado. Vivemos a chamada “Era da Informaçao”. Verbalize, substantive, adjetive. Use e abuse de pronomes, proverbios e adverbios. Seja incoerente e incoeso. Invente palavra, seja neologista. Seja blogueiro, escritor, jornalista, ator ou outra pessoa qualquer. Nao importa sua idade, formacao educacional, seja idoso e so comecou a aprender a ler ontem, nada importa, apenas comunique-se. Aprenda, junte palavras e expresse pensamentos, ideias e ideais. Leia. A maior utilidade do idioma, seja escrito ou falado, foi e sempre sera uma: comunicar. Nao pense que esta escrevendo ou falando errado, nao se preocupe se escreve apenas em internetes, baianes ou gauches, a regionalizaçao faz parte da cultura. Problemas e pobremas nao sao diferentes. O entendimento que existe na comunicacao importa, veja esse texto que mesmo nao tendo acentuado nenhuma palavra, ele esta compreensivel e apesar de eu ter criado outras, continua entendivel. Entao comunique-se, o importante é [primeiro acento] entender, sem complicar.
Dança Butoh
Posted in Informação, Texto Livre, tagged arte, butoh, Cherry Blossoms, dança on quarta-feira setembro| Leave a Comment »
Semana passada eu assisti ao filme “Cerejeiras em Flor”, um filme sensível, com duas ou três excelentes cenas, mas no geral apenas razoável. Mas o ponto principal não é o filme, mas um dos temas presentes no argumento, a dança butô. Unindo a arte dramática à dança, nos propicia um espetáculo maravilhoso. Com a alcunha de dança das sombras, ela nasceu no Japão, fundada por Tatsumi Hijikata juntamente com Kazuo Ohno. Kazuo foi um artista sem precedentes, acima de talentoso, foi genial. Abaixo um trecho do filme. E logo depois dois vídeos do mestre Ohno.
Do Moleskeni (ou Capítulo I)
Posted in Prosa, Texto Livre, tagged diálogo, história, Moleskine, narração, prosa on segunda-feira setembro| Leave a Comment »
“Me chamo Pedro. Tenho 42 anos, sou escritor, e a alguns meses atrás iniciou em minha vida uma quantidade de eventos que me transformou completamente. No dia 8 de julho do ano passado, eu estava terminando a sequência do meu romance de maior sucesso…”
Levantou, rasgou a folha e a jogou no lixo. Não era um bom início de livro, ele achava, que era pior ainda, era um péssimo começo. Sua carreira e vida dependiam desse romance. Ele não entendia o que estava acontecendo. Em um ano considerado o melhor autor de sua época, único original, e no ano seguinte, o ano que estamos, sem idéias, nem nada para um novo livro, e já em decadência. Já marcavam quatro horas e alguns minutos no velho relógio de parede do escritório.
Felíca levantara-se da cama e caminhou até o pequeno cômodo. Era uma mulher bonita, não tinha chegado aos trinta anos ainda, usava uma delicada lingerie branca, um pouco transparente. Ele não dormia bem, preocupado com o trabalho, ela não dormia bem preocupada com ele.
– Esqueça essa folhas, pelo menos até amanhecer e venha deitar. Faz um pouco de frio hoje, não quero ficar sozinha. Venha.
– Só mais alguns minutos.
– Você já esta aí a horas. Não adianta nada, uma hora alguma coisa surge.
– Então quanto mais tempo eu ficar aqui, melhor. Mais chances dessa idéia me visitar – Ele já estava obcecado e era o que mais a preocupava.
– Vou deitar sozinha então. Por favor venha.
– Logo eu vou.
– Logo não, venha agora.
Ela não teve resposta. Virou-se e voltou para o quarto. Queria chorar, pois estava muito infeliz, mas adormeceu, muito cansada.
Monólogo
Posted in Texto Livre, tagged explicação, idéias, monólogo, papo on sábado setembro| 1 Comment »
Eu começaria esse “bate-papo” com a descrição do que é um monólogo, mas procurando por uma boa definição, descobri que nos poemas também existem monólogos, e uma surpresa ao saber que alguns poucos dos meus poemas são poemas monólogos, e que muitos dos poemas de uma amiga [Contrastes] são monólogos, poemas com essa estrutura de discurso e pensamentos que tenho feito. Eu gosto desses momentos mais livres, apenas escrevendo sem pretensões ou procurando ser agradável, da primeira vez que escrevi desta maneira fui até bem desagradável, recebi críticas de alguns amigos por ter sido radical com as minhas opiniões, mas eu gostei do que escrevi, gostei do que escrevi e como escrevi. Outro assunto é a lista da Magazine Rolling Stones, com as 500 melhores músicas de todos os tempos, listas são sempre complicadas, e bem claro que nessa lista não consta em nenhum momento minha opinião, a lista já é um pouco antiga, e o que eu tenho feito aqui além de apenas exibir a lista, é exibir música por música e com um comentário sobre elas, menos as músicas do Beatles, afinal não precisa de comentários, são os Beatles. Todas as músicas dos “garotos de Liverpool” que eu postei por aqui são da lista, seguindo a ordem, claro. E falando em listas eu queria exibir por aqui a lista de músicas brasileiras feita pela mesma revista. Estou com planos de ficar intercalando a lista das 500 [onde não temos nenhuma brasileira, na verdade temos apenas música do idioma anglo-saxão] com as músicas brasileiras, todos os dias postando uma delas. E continuar com uma postagem diária de poemas ou pequenos contos. E um terceiro post no estilo que fiz sobre a arte da dupla “6emeia“, sobre variedades, e óbvio mais voltadas as artes. Como deu para perceber esse monólogo foi somente para expressar idéias pequenas para dar uma levantada nas postagens por aqui, e não fazer como no início do ano, quando fiquei quase cinco meses sem postar nada. Finalizando sem polêmicas e nada do tipo, de forma agradável. Só mais uma coisa, talvez eu esteja errado sobre os poemas monólogos, mas todos erramos.
A arte do spray
Posted in Imagem, Informação, Texto Livre, tagged 6emeia, arte, grafite, revitalizar, São Paulo on sexta-feira setembro| Leave a Comment »
Leonardo Delafuente e o Anderson Augusto (conhecido como São) são paulistas. E juntos fazem uma arte que só tem ganhado aplausos tanto de brasileiros, como, principalmente, de estrangeiros e constantemente são convidados para exibições no exterior. Ambos são grafiteiros e assinam como “6emeia”, assim mesmo a mesma assinatura para os dois, como se fossem um. Suas obras são um espetáculo que revitalizam a cidade de Sampa. Eles usam o meio para criar os desenhos e o meio é principalmente bocas de bueiro. Tem causado o impacto que eles desejam, através do não-convencional. E chega de tititi, abaixo tem seis fotografias dos grafites e os links para a página deles no Flickr e o site oficial.
Um segundo diálogo
Posted in Prosa, Texto Livre, tagged diálogo, humanidade, lágrima, sombras on terça-feira agosto| 1 Comment »
“Nada importante. Continue andando.”
“Mas já nos seguem por todo o caminho, me deixam incomodado.”
“São apenas sombras de um passado, irreais.”
“Irreais?! As coisas que não existem são irreais, como podem não existir se posso ver.”
“São espíritos que já esqueceram de sua humanidade. Sabem apenas seguir os vivos. Principalmente os infelizes.”
“Por que?”
“A lágrima é sua unica ligação com o que eram antes. Homens arrependidos no leito de morte, mulheres viúvas que perderam os amados na guerra, crianças crucificadas cruelmente e deixadas para uma morte lenta, mães suicidas que não suportavam ver seus filhos sofrerem, reis sem reino. A última coisa que todos fizeram foi chorar e se prenderam a essa mundo. Então são sombras do que já não existe, e assim não compreendem sua própria existência.”
“Que triste.”
“Eles também não entendem isso. Não entendem nada. Ei, melhor não chorar.”
Ana
Posted in Música, Poema, Texto Livre, tagged Ana Carolina, homenagem, música, poema on sexta-feira agosto| 2 Comments »
[Aos puritanos: Não passem desta linha]
Ana gosta de ser ele
Não que Ana não goste de mulheres
Pelo contrário
Ela as ama
E por isso gosta de ser ele
Ana é uma mulher
Mas Ana tem pau
Ana é estrela
Mas em um céu diferente
Não dessas que brilham e só
É mais
Dessas que encantam
Cantando
Ela não tem voz de veludo
Voz de menina
Dessas vozes por aí
Ela tem voz de verdade
Voz forte
Firme
Ana é música
Em forma de poesia
E como poesia não é para todos
Ana também não
Ana é isso
Ana é ‘foda’!
Pois é, espero que nenhuma Ana sinta-se ofendida por esse poema. Meu desejo com esse poema é outro, é o de admiração. Principalmente por uma Ana, Ana Carolina. Três motivos para gostar de Ana:
Primeiro, ela é poeta:
Segundo, ela é forte, sua música é forte:
Terceiro, ela é pornográfica sem ser vulgar:
Diálogo [im]possível
Posted in Texto Livre, tagged diálogo, mentira, quarar, texto on quinta-feira agosto| 2 Comments »
– Não, estou dizendo que a maioria.
– Então você é noventa por cento um mentiroso?
– Eu sou o que você está vendo.
– Mas o que eu vejo, é o que você mostra ser.
– Na verdade, você vê o que você quer. O que eu mostro não importa.
– Claro que importa, não posso ver um mentiroso se você finge que não é, e me mostra o contrário.
– Mas se eu estou mentindo, e fingindo que não, você pode ver tudo como uma mentira, ou não.
– Você está começando a perder a minha credibilidade com todo esse papo de que tudo é mentira, mas se eu quiser acreditar, acredito.
– Mas e se tudo fosse verdade, e eu estivesse falando para você que era mentira.
– Então… eu não sei. Por que você complica tudo?
– Eu só estou fazendo suposições, não complico nada.
– Então pare de fazer suposições.
– Ei! Sua avó continua lavando roupa lá na parte alta do rio.
– Continua sim, por quê?
– Por nada, só que eu sempre achei curioso.
– O que agora? Vai implicar com a minha avó?
– Não! Só que… Veja bem, antes eu passava por lá e a olhava lavando e depois estendo as roupas no chão para secar…
– Para quarar!
– O que?!
– Para quarar a roupa, e não estender a roupa no chão para secar.
– Hum. Certo. Então, mas… veja, ela lava a roupa e depois estende no chão. Não vai sujar novamente?
– Não, eu já disse. Vai quarar.
Canto dos Mortos
Posted in Poema, Texto Livre, tagged canto, horror, mortos, poema on quinta-feira agosto| 2 Comments »
Já que publiquei aqui um antigo conto meu [reeditado], hoje vou publicar o primeiro poema que fiz após um longo período inativo [algo em torno de 4 anos]. Antigamente eu usava qualquer caderno que surgia na minha mão e começava a escrever, era um muleque ainda. Então esse foi o primeiro poema dessa nova safra, onde publico direto na interner ou faço no moleskine e guardo pra quase todo o sempre. O nome do conto é “Canto dos mortos”, acabei de reeditar também, então se torna inédito não? É tudo meio estranho e meio anormal.
Noite sem lua, no escuro
Entre os vivos, estou morto
Ando sobre o nefasto muro
De solidão, tortura, amargura
Em meio a sombras
Em meio a dor e sofrimento
Entre criaturas espectrais
Ao lado deles, e dos meus
Ao lado dos mortos e vivos
Junto ao sangue teu
Ó delicioso sangue
Traz junto o sabor da alma
A esperaça da vida
Faz da morte, longa vida
De minha vida
Uma longa morte
Vejo a noite,
Ando a noite, vivo a noite
Faço a noite,
A alma d’outros
Faço meu sustento
Quando imploram por salvação
Trago comigo a perdição
E choram, e gemem e imploram
Eu apenas gargalho,
e brinco, me divirto
Risos soltos. E espalho
O terror, o horror,
Eu tenho medo de mim
Sem piedade, sem bondade
Sem felicidade, sem nada
Apenas a noite, apenas o escuro.
Apenas o muro
Apenas vazio
Conto
Posted in Literatura, Texto Livre, tagged Ana Santos, Bravo!, Contos, Literatura on segunda-feira julho| Leave a Comment »
Olha eu aqui atrasado de novo. Fazer o que não é? Hoje vou postar um conto da escritora Ana Santos [infelizmente careço de mais fontes sobre a autora]. Este conto eu li na revista Bravo!, uma das melhores revistas que assino [na verdade assino apenas 3, todas excelentes, inclusive já mencionei por aqui a Piauí). Então vamos ao conto, curto e muito prazeroso.
“Meu vô Laco era branco e leve, sentado à porta. Respirava baixo. Tinha nos olhos resto de espanto: era cego. E no cegar sequer sabia a gente, na cadeira anoitecia, quieto, quieto, entre galinhas e sapos. Havia escuro, mas no rosto do vô as duas velas, até minha mãe, sua filha, soprá-las com voz e braço, ternos.
Era plácido; inimigo do vento. Às vezes quis falar-lhe, dizer verso, dizer: vô Laco, o senhor lembra que são bonitas as galinhas? Dizer: vozinho, quer que eu te conte essa figura de revista? Não disse. Meu vô Laco era perecível. A gente ficava sem jeito de amá-lo.
Cheirava morno. Vestia casaco, seu único, de linho marrom. Casaco de baús. Nos bolsos, guardava as mãos, muitíssimo. Muitíssimo ruminou segredo na boca vazia de dentes. Mastigava – os lábios cerrados, beija-flor de asa – algum caramelo eterno.
Gostava, sim, de caramelos. Mas o doutor lhe proibira açúcar: a filha escondera em terríveis potes as doçuras todas da casa. Não raro a gente o via na cozinha a tatear, cheirar, derrubar xícaras. Sumiam nacos de rapadura e chocolate, fatias de bolo – que coisa feia, o senhor não tem vergonha? E o vô sorria, desentendido.
Uma vez me chamou: Julinho. Então ele me sabia? Tirou do bolso chicle de hortelã. O sol, monótono, se punha. Houve barulho: de grilo, rádio, cão. Fiquei assim, com ele, ao pé da porta – silencioso, diminuto, a estourar bolas.
Um velho sentado em cadeira preenche os quintais do mundo. Não há não vê-lo; não pensá-lo. Um velho vive porque a gente o vê, a gente pensa: quando ele for, o que será? Pois se ele tem a idade do tempo. A gente ri do que ele fala, diz: está caduco. Um velho atravessa o dia muito só, lembrando, navegante de horas. Leva a cadeira ao quintal, de manhã; à noite a recolhe. Entrementes, o nada supremo, as cozinhas.
Não disse: quer um gole do meu guaraná? Que eu te faça chapéu de jornal? Ele era pouso pros aviões da gente – gigante doce, inerte.
Decerto, entrementes, mastigando, quis dilúvio, quis incêndio, morreu, morreu – sequíssimo e intacto. E já não era vô Laco; era o horror das cadeiras sem velho.
Foi velado, sobre a mesa. Vieram parentes, com choro. Lá fora, o burburinho das aves. A filha penteara-lhe o cabelo, pusera-lhe sapatos, um casaco outro, novo. Eu sério, homenzinho, as pestanas inquietas. Amei-o com atraso.
O que é de um morto esconde-se em armário, atrás de porta. É um palpitar no escuro. A gente o liberta, enfim – e está mofado.
Do vô, era o casaco. Pendia (tão seu único, tão marrom) de algum cabide firme. E vi – que ditosas, achadoras de tesouro, invadiam-lhe os bolsos mil abelhas e formigas.”
O nome do conto é Açúcar, aqui você pode ler outro conto da autora.
Go South Africa
Posted in Texto Livre on quarta-feira junho| Leave a Comment »
Essa última semana, assisti ao filme Invictus. Ao final do filme meu único desejo era ver a África do Sul na final da Copa do Mundo de Futebol, e se possível erguendo a taça. E antes que comece a crucificação sobre o meu patriotismo, minha torcida pela seleção canarinho é imensa, mas o sonho de ver os Bafana Bafana levantarem a taça e transformar todo o país novamente, como aconteceu na Copa de Rugby, é ainda maior. E vencendo não pela habilidade do time, ou técnica dos jogadores, mas pelo merecimento de uma nação guerreira. Eu entendo que o preconceito racial não é exclusividade deles, e que tem países no continente africano em situação muito pior, mas quem está sediando a copa é a África do Sul, quem tem Mandela [acima de tudo um herói histórico com uma filosofia de perdoar quem o massacrou e ícone na luta contra o racismo] é a África do Sul, e quem tem no histórico um ato de superação como em 1995 é a África do Sul. E por esses motivos vejo nela uma campeã em potencial, por merecimento. Apesar de tudo, é necessário também perceber, que esse título não terá o mesmo impacto que o de 1995. Naquele ano, havia um time no Rugby com 99% de brancos e hoje no Futebol um time com 99% com negros, retratando bem o país atual, que ainda convive com o preconceito, porém de forma inversa, onde os brancos tem menos oportunidades que os negros. Se anos atrás o título de campeão mundial uniu os milhões de sul-africanos, o título mundial esse ano não conseguiria tal feito. Mas pessoalmente eu ficaria extremamente feliz em “ver” o país de Mandela festejando novamente umgrande conquista, e quem sabe, esse não será um importante passo para a reconstrução da África do Sul, e melhor ainda, esse primeiro passo além de representar a reconstrução do país, representar também o primeiro passo para o desenvolvimento do continente. Também sei que o Brasil sofre de problemas semelhantes, mas sei que já temos 5 títulos mundiais e nenhum deles alterou em nada a vida do povo, quem sabe o título indo a mãos mais carentes não faça com que alguns “olhos” sejam voltados para lá. A música que presenteio vocês nesse post, é o hino da torcida sul-africana, a ouvi no filme Invictus, e digo que todos os dias a escuto, e sinto todo o sentimento que existe nela, e é impossível não se sentir um pouco sul-africano ao abrir a mente e perceber na canção esse sentimento guerreiro dessa nação. Go South Africa.
A Bola e o Coração
Posted in Texto Livre on sexta-feira maio| Leave a Comment »
Heróis mortos
Posted in Texto Livre on quinta-feira abril| Leave a Comment »
Da música
Posted in Texto Livre, tagged textos on terça-feira março| Leave a Comment »
Hoje…
Posted in Informação, Literatura, Texto Livre on terça-feira março| Leave a Comment »
No país que chamavam de Sol, apesar de chover às vezes semanas inteiras, vivia um homem de nome Antenor. Não era príncipe nem deputado. Nem rico. Nem jornalista. Absolutamente sem importância social. O país do Sol era o mais comum, o menos surpreendente em idéias e práticas. Os habitantes afluíam todos para a capital, e tomavam todos os lugares dos que, por desventura eram da capital. Havia milhares de automóveis pelas artérias matando gente para matar o tempo, cabarés, jornais, a bolsa, o governo, a moda e um aborrecimento integral. Enfim, tudo quanto uma cidade de fantasia pode almejar. E o povo que a habitava se julgava possuidor de imenso bom senso. Bom senso! Se não fosse a capital do país do sol, a cidade seria a capital do bom senso!Precisamente por isso, Antenor era exceção malvista. Esse rapaz, filho de boa família ( tão boa que até tinha sentimentos), agira sempre em desacordo com a norma dos seus concidadãos. Desde menino, a sua mãe descobriu-lhe um defeito horrível: Antenor só dizia a verdade.
Nada melhor para voltar, do que…
Posted in Informação, Poema, Texto Livre, tagged textos on segunda-feira março| Leave a Comment »
E finalmente de volta. E nada melhor para falar do que mulher. Claro que logo hoje não poderia escrever sobre mais nada. Hoje o dia é delas, e sem piadas que os outros dias são nossos, porque para bem da verdade, todos os dias são delas e o dia de hoje, é apenas mais especial que os outros. Mulheres são mães, amazonas, irmãs e filhas, amantes, professoras nossas, amores platônicos, conquistadoras, são Helenas e Atenas. Tem-se tanto a dizer sobre elas, tão poucas linhas, mas tanto medo. Porque outra verdade, e escancarada, é que nós temos medo de vocês, é o medo que tentamos superar para dar um oi, ou um simples bom dia. O medo que tentamos superar para convidá-las para jantar, ou sair para tomar um chopp, medo de dizer eu te amo e depois nos vermos sozinhos, medo de ouvir eu te amo e não poder corresponder como vocês merecem. É um barreira que quebramos todos os dias, um fronteira desconhecida e sem volta, e mesmo com esse medo, sempre quebramos. Só tenho que dizer Parabéns a todas vocês Mulheres.
“…Para conquistar uma mulher,
mais que ser este amante, há de se querer o amanhã,
e depois do amor um silêncio de cumplicidade…
e mostrar que o que se quis é menor do que o que não se deve perder.
É esperar amanhecer, e nem lembrar do relógio ou café… Há que ser mulher,
por um triz e, então, ser feliz!
Para amar uma mulher, mais que entendê-la,
mais que conhecê-la, mais que possuí-la,
é preciso honrar a obra de Deus, e merecer um sorriso escondido, e também
ser possuído e, ainda assim, também ser viril…
Para amar uma mulher, mais que tentar conquistá-la,
há de ser conquistado… todo tomado e, com um pouco de sorte, também ser
amado!”
Salve Drummond.
Sinto muito
Posted in Texto Livre on sexta-feira dezembro| Leave a Comment »
Clube dos Cinco
Posted in Cinema, Texto Livre, tagged filmes on segunda-feira novembro| Leave a Comment »
Vídeos do VodPod não estão mais disponíveis.
Vícios
Posted in Texto Livre, tagged pensamentos, texto on quinta-feira novembro| Leave a Comment »
Das vontades e desejos
Posted in Texto Livre, tagged pensamentos, texto on segunda-feira novembro| Leave a Comment »
Um pouco de solidão
Posted in Texto Livre, tagged pensamentos, texto on quinta-feira novembro| Leave a Comment »
Voltando ao normal
Posted in Informação, Texto Livre, tagged pensamentos, texto on terça-feira novembro| Leave a Comment »
Uma conversa entre nós
Posted in Texto Livre, tagged texto on sexta-feira outubro| Leave a Comment »
Um pouco de opinião sobre opinião
Posted in Texto Livre, tagged pensamentos, texto on quinta-feira outubro| Leave a Comment »
Dia Internacional da Animação
Posted in Informação, Texto Livre, tagged animação, vídeo on quarta-feira outubro| Leave a Comment »
Um pouco de água
Posted in Texto Livre, tagged pensamentos, texto on terça-feira outubro| Leave a Comment »
Um tempo, por favor.
Posted in Texto Livre, tagged pensamentos, texto on segunda-feira outubro| Leave a Comment »
Um breve Olá
Posted in Texto Livre, tagged pensamentos, texto on sábado outubro| Leave a Comment »
Hello World!